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Num momento em que o país discute o futuro da política industrial, a ATP convida a CIP a assumir um papel mais ativo na defesa da competitividade da indústria portuguesa.
A produtividade da economia portuguesa está estagnada há décadas. A indústria enfrenta custos elevados, instabilidade internacional e um ambiente regulatório pouco favorável ao investimento. Neste contexto, a ATP decidiu colocar o tema no centro do debate do Fórum da Indústria Têxtil, que terá lugar a 4 de julho em Vila Nova de Famalicão.
Uma das mesas redondas mais aguardadas reunirá a CIP – Confederação Empresarial de Portugal, representada pelo seu presidente, Armindo Monteiro, num diálogo direto com a ATP sobre o que é preciso mudar para que Portugal possa finalmente dar o salto em produtividade e competitividade.
Moderada por Ana Paula Dinis, diretora-geral da ATP, esta sessão promete abordar as barreiras estruturais ao crescimento industrial, o papel da legislação económica e laboral, o impacto das políticas públicas e as soluções que o setor empresarial considera urgentes.
A Região Norte — onde o Fórum se realiza — continua a ser o centro da produção industrial portuguesa, com forte vocação exportadora, mas enfrenta desafios persistentes em matéria de capitalização, qualificação e valorização salarial. A pergunta de fundo é inevitável: como garantir que a indústria portuguesa continua a ser um pilar da economia num contexto global cada vez mais exigente?
A ATP espera que este momento seja também uma oportunidade para reforçar o compromisso da CIP com a indústria transformadora, numa lógica de proposta, responsabilidade partilhada e ação coordenada.
“Este não é apenas um debate técnico — é uma convocatória política e económica ao mais alto nível para quem acredita no valor da indústria”, afirma a organização.