Bebiana Rocha
A Filc está a reforçar a sua posição de referência na inovação tecnológica para o sector têxtil e vestuário com o lançamento de um sistema de inspeção de tecido/malha, desenvolvido em parceria com a Uster Technologies – uma marca reconhecida pelas suas soluções de controlo de qualidade.
Esta nova tecnologia permite uma deteção precisa, rápida e automatizada de defeitos em tempo real, garantindo maior consistência na produção final e contribuindo também para a redução de desperdícios.
Em entrevista ao T Jornal, Filipe Coutinho, CEO do grupo Filc, fala sobre os principais desafios que se colocam atualmente à indústria, a estratégia da empresa para os próximos anos e assume o compromisso contínuo com a automatização, inovação e proximidade ao cliente.
Quais são as inovações mais recentes que a Filc trouxe ou vai trazer ao mercado no campo da maquinaria têxtil?
A Filc tem apostado no desenvolvimento de soluções avançadas como sistemas de inspeção automática de tecido/malha e automações de costura, com destaque para a Multistich. Esta nova tecnologia de várias costuras em simultâneo permite uma poupança de tempos de costura, manuseamento e transporte na ordem dos 50 a 65%, acrescenta também uma redução do ciclo de trabalho, poupança de energia em relação aos equipamentos e operações anuladas uma vez que a costura de topo é efetuada automaticamente, para citar alguns exemplos. Estas inovações surgem para responder diretamente às necessidades crescentes de eficiência e qualidade na indústria têxtil.
De que forma estas novas soluções ajudam as empresas do sector a serem mais eficientes, produtivas e a reduzir desperdícios?
As soluções de inspeção automática têm um impacto significativo nestas três vertentes: eficiência, produtividade e redução de desperdício. Devido à sua própria tecnologia é muito mais eficiente quando comparada com um operador que está o dia todo a inspecionar manualmente, é incomparavelmente mais rápida e eficaz, sendo por isso também muito mais produtiva e com isso vai eliminar potenciais defeitos em peças acabadas, o que minimizará potenciais peças com defeito.
Como é que a Filc tem acompanhado as necessidades e os desafios da indústria?
Esse é, aliás, o nosso desafio permanente: acompanhar de perto o dia a dia dos nossos clientes e desenvolver soluções que respondam de forma prática aos desafios operacionais.
Quais são as grandes tendências que antecipam?
Mais do que tendências, identificamos desafios, sendo o mais urgente a escassez de mão de obra. A nossa resposta passa pelo desenvolvimento de soluções que permitam colmatar a escassez de mão de obra, que aumenta todos os dias.
Qual é a estratégia da empresa para os próximos cinco anos em termos de expansão para novos mercados?
Pretendemos reforçar as parcerias que temos vindo a construir com os nossos clientes e consolidar a nossa presença em mercados estratégicos como a Ásia e a América do Sul.
Como descreve a relação da Filc com os clientes? Há espaço para a personalização?
Sem dúvida. A personalização é outro dos nossos grandes argumentos. Cada cliente tem uma realidade diferente do outro e, por isso, trabalhamos lado a lado para desenvolver soluções à medida das suas necessidades.