Ana Rodrigues
O comércio eletrónico de moda representa uma percentagem de 37,2% em Portugal, sendo que a fast fashion parece desempenhar um papel fundamental no que respeita às vendas líquidas dos principais intervenientes no processo em 2022. O mesmo se verifica em Espanha (26,9%) e com certeza noutros mercados.
Em comum em Portugal e Espanha surge a importância dos retalhistas de fast fashion, como é caso da espanhola Zara, que ocupa o segundo lugar em Espanha e o primeiro em Portugal, com vendas líquidas em 2022 de cerca de 415 milhões de euros e 143 milhões de euros, respetivamente.
Globalmente, o mercado online de moda em Portugal é o mais dominado por marcas de fast fashion, com todos os principais intervenientes a operarem sob este modelo de negócio. Já em Espanha, os principais operadores incluem lojas online em que vendem diferentes etiquetas.
Em Portugal, a Zara ocupa o primeiro lugar em vendas online seguindo-se a Shein, a H&M, a Pull & Bear e a Stradivarius. Já, em Espanha, a Shein ocupa o primeiro lugar seguida pela Zara, pela Zalando, pelo El Corte Inglés e pela Amazon.
Estas conclusões resultam dos dados obtidos nos estudos recentes do Annual Report, do ecommerceDB Analysis e do Ecommerce News. Este último recorda que a ascensão da Shein em 2020, com o aumento significativo das suas vendas líquidas globais, levou a que a estratégia dos retalhistas tradicionais de fast fashion se tornasse cada vez mais desatualizada, transformando-os menos competitivos num mercado de moda em evolução.