Bebiana Rocha
As exportações de têxteis e vestuário em janeiro e fevereiro de 2025 demonstraram um crescimento global de 3,8% em valor, segundo os mais recentes dados estatísticos publicados pelo INE. Em fevereiro, o valor total das exportações foi de 491,7 milhões de euros; já no acumulado dos dois meses, o valor atingiu os 973,0 milhões de euros.
Em termos de quantidades, foram exportadas 43.779 toneladas, dando, no acumulado de janeiro e fevereiro, um total de 83.689 toneladas. Comparativamente ao mesmo período do ano anterior, houve uma diminuição de 1,6%.
As categorias de produto que mais cresceram em valor foram ‘Outras fibras têxteis vegetais, fios de papel e tecidos de fios de papel’ (+156%) e ‘Tapetes e outros revestimentos para pavimentos’ (+16%). Os ‘Tecidos impregnados, revestidos, recobertos ou estratificados e artigos para usos técnicos’ cresceram 12%, já os tecidos de malha, 9%.
O principal destino de exportação mantém-se a vizinha Espanha, com 225 milhões de euros, mais 9% face ao período homólogo de 2024 (janeiro-fevereiro). Segue-se França em segundo (165,7 milhões de euros), Alemanha (91,2 milhões) e os Estados Unidos (70,1 milhões), que cresceram 7%.
As maiores evoluções foram registadas em Marrocos, com um crescimento de 65% no valor das exportações, na China (39%), Suíça (22%), Polónia e Dinamarca (ambos 18%).
No que respeita às importações, também cresceram – dentro da União Europeia, 6% em valor, e extra União Europeia, 39%. O valor total foi de 886,9 milhões de euros, mais 14%. A principal categoria de produto importada foi o ‘Vestuário e seus acessórios em malha’ – mais de 270 milhões de euros, um aumento de 14% em relação a janeiro e fevereiro de 2024.
O principal país de origem dos materiais importados é Espanha, com 319,9 milhões (+6% face a 2024). A China é o segundo maior fornecedor, com um crescimento expressivo de 35% (80,0 milhões de euros). Se olharmos para o crescimento percentual, os que mais cresceram foram: o Usbequistão, com um aumento de 447%, Polónia (115%), Bangladeche (75%), Paquistão (69%), Índia (42%) e Turquia (40%).