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Apesar de uma conjuntura desfavorável, com uma redução significativa da procura internacional, os resultados das exportações de têxteis e vestuário, em janeiro de 2023, não foram tão negativos quanto se esperava, refere comunicado da ATP assinado por Mário Jorge Machado, presidente da ATP.
Em valor, as exportações atingiram os 518 milhões de euros, mais 5% que no mês homólogo do ano passado. De facto, em volume, registou-se uma redução de 12% face ao mês homólogo do ano anterior, tendo sido, em termos absolutos, os produtos incluídos na categoria “pastas, feltros e falsos tecidos, fios especiais, cordéis, cordas e cabos e artigos de cordoaria” os que registaram maior quebra (menos 2.426 toneladas, equivalente a menos 19%). Ainda em volume, os artigos que registaram maior subida, foram os tecidos de malha (mais 302 toneladas, equivalente a mais 12%)”.
Mas em valor, exportámos 518 milhões de euros de têxteis e vestuário, mais 5% face ao valor exportado em janeiro de 2022. Isto representa um aumento de 23 milhões de euros neste mês.
Os produtos mais afetados, em valor, foram as pastas, feltros e falsos tecidos, fios especiais, cordéis, cordas e cabos e artigos de cordoaria”, com uma quebra de 6,3 milhões de euros (equivalente a menos 17%), seguidos dos “outros artefactos têxteis confecionados”, onde se incluem os têxteis para o lar, com uma quebra de 4,6 milhões de euros (menos 7%).
O vestuário em tecido teve um crescimento de quase 23 milhões de euros (mais 32%) e o vestuário em malha um aumento de 6,5 milhões de euros (mais 3%). O vestuário em tecido também aumentou em quantidade (mais 16%), ao contrário do vestuário em malha que caiu 8%.
Embora saibamos que existe um efeito da inflação e do aumento do custo produtivo nestes resultados, acreditamos que, em muitos casos, também teremos um aumento de valor acrescentado nos produtos exportados.
O preço médio por quilo exportado subiu 19% no total, tendo as matérias-têxteis subido, em média, 16%, os têxteis técnicos 17% e o vestuário 14%. Já os têxteis-lar e outros artigos têxteis confecionados registaram uma ligeira quebra (menos 0,1%), confirmando as dificuldades sentidas em transpor o aumento dos custos produtivos para o cliente.
Em termos de mercados, há a assinalar um excelente desempenho em França, com um crescimento de 22% em valor e de 9% em quantidade. Por outro lado, Itália foi o destino que maior queda registou em termos de valor: menos 7,7 milhões de euros (equivalente a menos 19%).