09 abril 20
INE

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Exportações entram em queda em Fevereiro

Os dados divulgados pelo INE confirmam um recuo de 4,3%  nas exportações têxteis no mês de Fevereiro, números que não surpreendem e reflectem já o impacto da crise decorrente da pandemia. Nos dois primeiros meses do ano a quebra é de 0,9%.

“De acordo com os dados divulgados hoje pelo INE, as exportações de têxteis e vestuário nos dois primeiros meses de 2020 registaram uma queda de cerca de 1%, tendo atingido um valor de 881 milhões de euros”, informa a nota divulgada pela ATP, reportando-se aos números das estatísticas já tratados pela associação.

Subscrito pelo presidente Mário Jorge Machado, o comunicado refere que “os produtos mais afetados foram o vestuário de malha com uma quebra de 5,5 milhões de euros (-1,5%), as fibras sintéticas ou artificiais descontínuas com uma quebra de 3,7 milhões de euros (-8,1%) e o vestuário em tecido, com menos 3,2 milhões de euros exportados (-1,9%)”, enquanto as exportações de têxteis-lar e outros artigos têxteis confecionados estiveram em contraciclo com um aumento de 2,7%.

Já quando considerando apenas o mês de fevereiro, foi registada uma queda de 4,3% nas exportações, o que reflete já o impacto do COVID 19, uma vez que janeiro tinha registado um crescimento homólogo de 2,5%.

Em termos de destinos, a ATP destaca a França, com um acréscimo de 3 milhões de euros (+2,5%), Suíça, com um aumento de 2,3 milhões de euros (+22,1%) e a Bélgica, para onde exportámos mais 2,2 milhões de euros (+12,7%). Em contraponto, Espanha continua a ser o destino que regista maior queda: menos 9,2 milhões de euros (-3,6%) face ao período homólogo do ano transato.

Contas feitas, a ATP assinala que “as importações de matérias-primas têxteis caíram 7,1%, as de vestuário diminuíram 2,6% e as de têxteis-lar e outros artigos têxteis confecionados também caíram 3,6%. No total, as importações de têxteis e vestuário, em janeiro-fevereiro de 2020, ascenderam a 729 milhões de euros, menos 4,5% do que no período homólogo de 2019”.

Neste período o saldo da balança comercial do setor foi de 152 milhões de euros, com uma taxa de cobertura de 121%.

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