Bebiana Rocha
Os dados do comércio internacional de maio revelam uma diminuição das exportações do setor têxtil e vestuário face ao período homólogo. Em valor, estas atingiram os 477 milhões de euros, o que representa uma quebra de 2% face a 2024. Já em quantidade, foram exportadas 44 982 toneladas, uma subida de 2% em comparação com o mesmo mês do ano passado.
Analisando a evolução acumulada entre janeiro e maio, as exportações totalizaram 2 364,1 milhões de euros, menos 1% do que no mesmo período de 2024. Em termos de quantidade, foram registadas 218 822,8 toneladas, mais 1% do que no ano anterior.
Os principais destinos das exportações portuguesas continuam a ser Espanha, França, Alemanha, Estados Unidos, Itália, Reino Unido e Países Baixos. Dentro deste grupo, destaca-se o desempenho dos Estados Unidos, que em valor totalizaram 171,5 milhões de euros, um aumento de 5%, embora com uma ligeira queda de 1% na quantidade (14 211,0 toneladas). Já os Países Baixos registaram uma subida de 11% em valor e de 8% em quantidade.
Considerando os destinos com melhor desempenho no acumulado de janeiro a maio, em valor destacam-se: Irlanda do Norte (+177%), Marrocos (+44%), Canadá (+12%), Países Baixos (+11%) e Estados Unidos (+5%). Já em quantidade, sobressaem a China (+193%), Paquistão (+88%), Marrocos (+15%), Índia (+9%) e França (+4%).
As exportações para países da União Europeia registaram uma diminuição de 3% em valor e de 2% em quantidade. Em contraste, as exportações para fora da UE aumentaram 5% em valor e 8% em quantidade, refletindo um reforço da presença em mercados extra-comunitários.
No que diz respeito às categorias com melhor desempenho entre janeiro e maio face ao mesmo período de 2024, em valor destacaram-se: outras fibras têxteis vegetais, fios de papel e tecidos de fios de papel (+58%), tapetes e outros revestimentos para pavimentos em materiais têxteis (+8%) e tecidos especiais, tecidos tufados, rendas, tapeçarias, passamanarias e bordados (+8%). Já em quantidade, as categorias em maior crescimento foram: fibras têxteis vegetais, fios de papel e tecidos de fios de papel (+128%), lã, pelos finos ou grosseiros, fios e tecidos de crina (+98%) e tapetes e outros revestimentos para pavimentos em materiais têxteis (+34%).
Em sentido oposto, os produtos com pior desempenho em valor foram as sedas (-2%), a lã (-9%) e o vestuário e respetivos acessórios, exceto de malha (-8%). Em quantidade, as maiores quedas registaram-se nas sedas (-30%), filamentos sintéticos ou artificiais (-6%) e vestuário e acessórios, exceto malha (-6%).
No que toca às importações, o mês de maio registou 465 milhões de euros, mais 4% do que no mesmo mês de 2024. Em quantidade, ascenderam às 62 744 toneladas, um aumento de 5% face ao período homólogo.
O valor acumulado de importações entre janeiro e maio ascendeu a 2 226,5 milhões de euros, mais 8% do que em 2024, e a quantidade totalizou 276 260,2 toneladas, um crescimento de 10%.
Espanha, Itália, China, Alemanha, França, Turquia e Índia mantiveram-se como os principais países de origem das importações. Contudo, os maiores crescimentos em valor foram registados pela Polónia (+86%), Países Baixos (+37%), China (+12%), Alemanha (+11%) e Espanha (+8%). Em quantidade, destacaram-se o Brasil (+52%), Espanha (+22%), China (+19%), Turquia (+13%) e Índia (+7%).
Os dados são do Instituto Nacional de Estatística (INE) e o tratamento estatístico da ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal. Para aceder ao ficheiro entrar em contacto através de lucia.babo@atp.pt