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Os mais recentes dados económicos confirmam a recuperação da indústria têxtil e do vestuário europeia, mas a Euratex adverte que esse caminho pode ser interrompido. Os problemas atuais das cadeias de fornecimento e do aumento inesperado dos custos associados às energias são uma ameaça, refere em comunicado a federação europeia de que a ATP faz parte.
A atividade têxtil atingiu em termos trimestrais e em cadeia um crescimento dos volumes de negócio de 3,3% no segundo trimestre de 2021, após uma ligeira contração no trimestre anterior. No mesmo período, a balança comercial dos 27 melhorou, tanto pelo aumento das exportações como pela queda das importações. As exportações cresceram 49% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior e as importações diminuíram 26%.
No segundo trimestre de 2021, a criação de empregos foi estabilizando na indústria têxtil (menos 0,2% no trimestre) e diminuindo no vestuário (menos 1,2%), de onde resulta uma queda do número de postos de trabalho em relação ao quarto trimestre de 2019 de, respetivamente, 4,4% e 11,8%.
“No entanto, esta frágil recuperação é dificultada pelos custos de transporte mais elevados e pelo aumento dos preços de matérias-primas e energia. O custo da energia, em particular do gás, aumentou mais de três vezes desde o início deste ano – com um forte impacto na competitividade da indústria. A recuperação também está ameaçada por alguns fatores que limitam a produção, como a escassez de mão-de-obra e equipamentos”, adverte a Euratex.
Dirk Vantyghem, diretor-geral da federação, disse, citado pelo comunicado, que “as nossas empresas mostraram grande resiliência durante a pandemia, e seu desempenho nas exportações é um sinal encorajador. Mas essa recuperação pode ser interrompida pela atual cadeia de fornecimento e pelo aumento do preço da energia”.