Bebiana Rocha
No update económico do segundo trimestre a EURATEX destaca que “a indústria ainda sofre de fraca procura, falta de encomendas e custos de energia competitivos”. Num completo relatório estatístico, a Confederação Europeia para os Têxteis e Vestuário aponta: uma diminuição no volume de negócios na maioria dos sectores têxteis, uma queda no volume de produção e uma deterioração do défice comercial da UE, uma vez que as importações de países terceiros aumentaram.
“O volume de negócios na indústria têxtil desceu -1,3%, mas melhorou no vestuário 0,9% comparativamente ao trimestre anterior”, lê-se no comunicado. Seguido da divulgação dos volumes de produção, que caíram “1,2% no sector têxtil”, tendo sido as maiores quedas assinaladas na fiação e nos acabamentos. As importações, como referido acima, registaram os maiores aumentos, “com mais de 650 milhões de euros adicionais de têxteis vendidos no mercado da UE”.
Apesar de todo este cenário, Portugal é citado como um dos países que mais melhorou a sua confiança empresarial (mais 10 pontos percentuais) e que, apesar do clima de incerteza, conseguiu melhor a sua performance no sector têxtil, em média 1,9%, juntamente com a Polónia, Grécia e Bélgica.
“Espera-se que o aumento continuo do rendimento disponível apoie o consumo privado que deverá tornar-se o principal motor de crescimento a partir do segundo trimestre de 2024”, prossegue o comunicado, que pode ser consultado na integra pelos associados da ATP, mediante envio de email para lucia.babo@atp.pt