20 novembro 25
Sustentabilidade

Bebiana Rocha

Estudo do INEGI com a Impetus comprova impacto positivo da agricultura regenerativa

O INEGI, em conjunto com a Impetus, desenvolveu um estudo para avaliar o impacto ambiental de diferentes produtos têxteis. O mesmo concluiu que a incorporação de algodão regenerativo na produção têxtil permite reduzir significativamente a pegada ambiental da peça face à utilização de algodão convencional.

Segundo o comunicado, a análise baseou-se numa avaliação do ciclo de vida, comparando o desempenho ambiental de um conjunto de homewear produzido com fio composto por 70% de algodão proveniente de agricultura regenerativa e 30% de desperdício celulósico pós-industrial, com um produto equivalente fabricado em algodão de produção convencional.

Os resultados mostram que o conjunto de homewear que incorpora materiais reciclados e provenientes de práticas agrícolas regenerativas apresenta uma redução de 53,9% no impacto sobre as alterações climáticas em relação à alternativa convencional, valor que aumenta para 81,5% quando considerada a compensação de carbono durante o cultivo do algodão.

O consumo de água também diminuiu de forma significativa, passando de 4,66 m³/unidade de função (UF) para 1,54 m³/UF.

“Ao desenvolver este estudo, provamos que circularidade, inovação e desempenho podem coexistir. O futuro dos têxteis constrói-se com ciência, transparência e ação. Em parceria com o INEGI, demonstramos que é possível produzir produtos de qualidade, reduzindo significativamente o impacto ambiental”, comentou a Impetus nas redes sociais.

O estudo evidencia ainda que a incorporação de desperdícios celulósicos, a eliminação do processo de tingimento e a utilização parcial de eletricidade proveniente de fontes renováveis contribuem de forma relevante para a redução da pegada de carbono.

A forma como o algodão é cultivado tem também um grande impacto na pegada da peça final, respondendo por 32% das alterações climáticas, 92,5% do consumo de água e 33,9% do uso do solo. Outros contributos significativos derivam dos processos de acabamento do tecido (24,1% das alterações climáticas) e da fiação (18,9%).

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