08 julho 24
Empresas

Bebiana Rocha

“Estamos a trabalhar todos para a economia do país”

A ATP assinalou na passada semana o Dia do Profissional Têxtil com um webinar que juntou seis jovens que trabalham no sector: Afonso Rodrigues, trainee na área de engenharia têxtil da TMG Textiles, Filipa Machado, técnica de laboratório na Tinkave, Gracinda Silva, trainee na área de engenharia têxtil na ATB, Inês Fernandes, responsável pelos recursos humanos na Elmate, Joana Pereira, assistente administrativa no centro de desenvolvimento técnico na TMG e Tomé Santos, designer na Primma.

Na segunda parte da conversa foi destacado pelo grupo a necessidade das empresas se manterem unidas e remarem para o mesmo lado. “A partilha de informação, de dados, é muito importante. Somos concorrentes, mas acima de tudo estamos a trabalhar pela economia do país” disse Inês Fernandes da Elmate.

Ana Paula Dinis, diretora-geral da ATP, fez uma intervenção no mesmo sentido: “A ATP é comunidade, estamos aqui para servir os vossos interesses, os interesses dos colaboradores, das empresas. Desafiem-nos para caminharmos juntos, para que se construam ideias diferentes. Para que o sector tenha futuro é preciso pensar no coletivo”, disse.

Pelo meio foi abordada a internacionalização do sector, a importância de agirmos no panorama europeu em conjunto. Foi também discutido o papel da associação, sobretudo na vertente de serviço consultivo e promoção, mas também de certificação e melhoria de processos.

A conversa tocou novamente na atratividade do sector e na importância de melhorar os salários: “se não conseguirmos cativar os jovens, o futuro vai passar muito pela produção com imigrantes”, disse Afonso Rodrigues. Os conselhos para evitar essa situação passam por trabalhar numa comunicação mais positiva nos órgãos sociais e criar mais formação ao nível do secundário para a área têxtil, não tanto focada em design de moda, mas sim técnica, e em fazer mais visitas às escolas.

“O têxtil é uma área estável que vai ter sempre futuro. Pode não ser no vestuário ou automóvel, mas ser militar ou de saúde, estão constantemente a surgir novas áreas”, disse Afonso Rodrigues passando a mensagem de que “pode-se fazer vida na têxtil”. Uma ideia complementada pela Gracinda – “A investigação está em alta”.

A sessão terminou com um agradecimento por parte da diretora-geral da ATP e por um elogio à presença de dois engenheiros têxteis, um curso que estava em extinção. “É uma área com um conhecimento muito específico que não se pode perder, as empresas têm vindo ter connosco porque precisam de engenheiros têxteis. O nosso papel é também fazer parcerias com as universidades e promover a formação nesta e noutras áreas”, concluiu.

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