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Alunas da ESART (Escola Superior de Artes Aplicadas) do Politécnico de Castelo Branco conquistaram os três primeiros prémios da 1ª edição do concurso nacional O Bordado de Castelo Branco e a Moda, a que concorreram 39 projetos da autoria de estudantes ou recém licenciados em Design de Moda.
A apresentação dos coordenados vencedores, bem como a entrega dos prémios, sublinharam o final da 2º edição do Castelo Branco Moda 17, que se realizou na noite do passado sábado, no parque de estacionamento subterrâneo da rua José Bento, em organização da Câmara local.
Este evento, em que participaram 22 modelos da Best e Ruben Rua (Elite), que fez em Castelo Branco o seu derradeiro adeus às passarelas, foi presenciado por mais de 800 pessoas e contemplou os desfiles de 29 coleções de 31 finalistas do curso de Design de Moda da ESTART, do PFN, e ainda das coleções da Dielmar, Storytailors e Katty Xiomara – sendo que cada um destes dois últimos trouxe uma peça com aplicações de bordados de Castelo Branco, que ficará para o espólio da câmara.
Mariana Santos, 21 anos, conquistou o primeiro prémio (1 500 euros), recebido das mãos do presidente da Câmara, Luís Correia, com o coordenado Unite, onde combina o tema da rivalidade entre os gangues norte-americanos e o hip hop com o uso do bordado de Castelo Branco.
Em segundo lugar ficou Valentina Filipe, 22 anos, com Origins, uma peça inspirada nas obras do artista plástico indiano Annish Kapoor. O prémio (1 000 euros) foi-lhe entregue por Manuel Serrão (CEO da Selectiva Moda e diretor do T).
Alexandra Moura entregou o prémio (500 euros) à dupla terceira classificada, constituída pela lisboeta Mafalda Fialho, 21 anos, e a portuense Mariana Cardoso, 22 anos.
Ana Fllipa Miranda foi distinguida com um menção honrosa pelo júri,presidido por Teresa Antunes (CM Castelo Branco) e que integrava a designer Alexandra Moura, Cláudia Silva (Associação de Bordados de Castelo Branco), Teresa Magalhães (ADRACES-Associação para o Desenvolvimento da Raia Centro Sul), Catarina Santos Cunha (ANJE/Portugal Fashion), Jorge Fiel (T) e Manuel Serrão.
“Correu muito bem. Foi mais um passo em frente na aproximação entre o bordado de Castelo Branco e a moda. Este estreitar de relações e o estabelecimento de novas parcerias é muito positivo para a valorização, projeção e reconhecimento nacional e internacional do bordado, um importante elemento de identidade cultural da nossa cidade e região”, sublinha Alexandra Cruchinho, professora da ESART e directora de produção do Castelo Branco Moda.
“Para os estudantes da ESART, também representa uma enorme mais-valia o terem podido apresentar as suas coleções num evento de grande dimensão, junto de designers de moda como os Storytailors ou a Katty Xiomara”, diz Alexandra, acrescentando estar já a pensar na terceira edição do Castelo Branco Moda, ainda mais profissionalizada.
“O desfile de moda e o concurso fazem parte de um conjunto de iniciativas cujo principal objetivo é a revalorização, promoção e posterior certificação do bordado de Castelo Branco”, explica Teresa Antunes, a membro do gabinete da presidência da autarquia que tem a responsabilidade da área cultural.
O processo iniciou-se há quatro anos com a criação da Oficina-Escola do Bordado de Castelo Branco, com o objetivo de garantir a continuidade e qualidade de produção do bordado. Paralelamente, decorreu um conjunto de iniciativas, onde se destaca a exposição itinerante de Colchas de Castelo Branco, dos séculos XVIII e XIX, que começou em Lisboa e passou por Guimarães e Óbidos,
No entretanto, a Câmara está a ultimar a instalação, num edifício histórico (os antigos Paços do Concelho) da praça Camões, do Centro de Interpretação do Bordado de Castelo Branco, que será “o centro nevrálgico de produção, comercialização, promoção e estudo desta forma de expressão artística”, e tem em curso o processo da sua certificação, tendo já recebido o parecer positivo da Comissão Consultiva para a Certificação de Produções Artesanais Tradicionais.