29 julho 21
Economia

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Empresas exigem apoio ao fim das moratórias

O fim dos programas de apoio ao regresso da atividade económica e das moratórias bancárias poderá ser fatal para muitas empresas e tanto a ATP como a AEP têm vindo a chamar a atenção do Governo para a imperiosa necessidade de um período de transição que permita acomodar este impacto. O número de insolvências desceu no ano passado, mas já aumentou na primeira metade de 2021 e os analistas receiam que a tendência se mantenha, ou até se agrave, com o fim das ajudas.

Num inquérito promovido pelo Jornal Económico junto de várias personalidades, o presidente da AEP, Luís Miguel Ribeiro, recordou que a associação tem apresentado junto do Governo várias medidas que conduzam à capitalização das empresas de forma a permitir ganhar fôlego rumo à retoma.

“Ao contrário da anterior crise de 2011, em que o número de novos processos de empresas sem insolvência (dados do Governo) aumentou muito logo nesse ano, no ano de 2020, em face das medidas de apoio, nomeadamente as moratórias, esse número recuou, mas espera-se que suba em 2021 com o fim dos apoios”, refere Luís Miguel Ribeiro. A AEP espera, neste contexto, que o fim destes apoios “seja muito gradual, modulado e controlado”.

Por seu lado, a Associação Têxtil e dos Vestuário de Portugal ainda recentemente, por ocasião da realização do Simpósio Têxtil, o presidente da ATP, Mário Jorge Machado, chamou a atenção do ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, para a necessidade de manutenção de apoios à retoma empresarial.

Na altura, Siza Vieira confirmou que o Governo está a estudar apoios nesse sentido – e deixou a ideia que os apoios à tesouraria podem ser uma das medidas que o Governo vai implementar para minimizar os riscos que se apresentam pelo fim – no final do ano – das moratórias.

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