Maria Monteiro
Foi na têxtil que Zélia Arcipreste, mal saiu da escola, deu os primeiros passos. A mãe, foi quem lhe deu o empurrão, e desde aí, há sensivelmente 34 anos, o caminho foi sempre nesta indústria. Começou como costureira numa pequena fábrica, depois como chefe de linha de camisaria de homem e atualmente está na Spring no sector das amostras.
É nesta última casa, que já exerce à quase 6 anos, que Zélia todos os dias aprende alguma técnica nova. “Fazer sempre melhor e continuar a aprender” é algo bem assente para Zélia, pois segundo a própria na ITV “estamos sempre a criar métodos para fazermos a diferença com pormenores que acabam por enriquecer a peça”, contou ao T Jornal.
Como descreveria o papel da mulher na ITV?
A mulher tem um papel muito importante na ITV porque é um elemento muito dinâmico e fundamental no mundo da moda. Está em todo o lado, desde a criação de uma peça, até à confeção da mesma, onde domina quase por completo.
Que vantagens há em ser mulher na ITV?
Não acho que a mulher tenha vantagens. Nesta área, se ela gosta daquilo que faz, vai dar sempre o seu melhor.
Qual o maior desafio em ser mulher na ITV?
Um dos maiores desafios é ver que o papel da costureira ainda é visto como inferior e não é valorizado. Ainda assim, a indústria representa um desafio muito intenso diariamente visto que a moda é algo em que temos de estar sempre a criar coisas novas e não podemos estagnar, temos de dar sempre o nosso melhor.
Alguma mulher que a inspire na ITV ou no negócio da moda?
Sim, desde muito nova via a minha mãe na sua máquina de costura e fiquei fascinada. Apesar de não ter ganho logo o gosto, fiquei com o bichinho e agora gosto muito do que faço tal como ela gostava.
Alguma recomendação para jovens mulheres que estejam a entrar no mercado de trabalho?
Recomendo que tentem adquirir o máximo de conhecimentos, pois a indústria está sempre a evoluir, daí ser uma área muito interessante. Com o tempo e muita dedicação, conseguimos perceber que é uma área muito bonita.