09 julho 24
Empresas

Bebiana Rocha

Ecolã: “o artesanato tornou-se um produto luxo”

A Ecolã tem trabalhado na recuperação do património industrial da região de Manteigas e abriu as portas da fábrica à comunidade no passado fim de semana para mostrar precisamente a sua responsabilidade neste território, no âmbito da Lãnd Wool Innovation Week.

“O artesanato tornou-se um produto luxo. Os produtos da Ecolã têm muita incorporação manual, tudo é cortado individualmente e isso faz toda a diferença, é outra escala, que os compradores valorizam cada vez mais”, diz Fonseca Costa, diretor comercial, ao T Jornal.

Durante a visita guiada, Marta apresentou as diferentes etapas da produção: “Fazemos a tosquia entre os meses de abril e maio, depois enviamos a lã para a Guarda para um lavador, que passa a lã sete vezes por água quente e sete vezes por água fria para retirar o pó e outras impurezas da lã e facilitar o processo seguinte de fiação”, contextualizou aos presentes.

Ao longo de toda a visita sobressaiu a veia tradicional da empresa, onde são usadas máquinas do século passado para manter a qualidade. A visita guiada foi complementada por memórias de antigos trabalhadores de fábricas da região, tendo sobressaído Mário Amaral, ex-funcionário da J. Fernandes, em Vodra, Seia, que fez uma demonstração do que era empeirar os fios.

No final, falou-se sobre o aproveitamento de desperdícios, onde Marta deu como exemplo a confeção de chinelos e dos coletes tradicionais com padrões quadriculados, muito usados pelos pastores da zona.

Ecolã land wool 960

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