Bebiana Rocha
A European Fashion Allience (EAF) apresentou ao Parlamento Europeu um relatório focado na transição da moda europeia, que enfatiza o papel critico da criatividade e a necessidade de a indústria ser mais sustentável, inclusiva, mas também a necessidade da regulamentação e do apoio financeiro serem condizentes com o esforço das empresas.
“Para atingir progressos significativo precisamos que todas partes se sentem à mesa – designers, confecionadores, retalhistas, educadores, reguladores e consumidores”, advogou. Foi isso mesmo que fez num questionário e através de entrevistas a representantes de vários meios e países.
A recolha de inputs resultou num documento que expõe o impacto ambiental, a produção excessiva, a qualidade dos produtos e os aspetos sociais como principais preocupações, mas põe também a descoberto a falta de confiança na indústria têxtil europeia.
Como soluções para contrariar esta tendência a EAF sugere melhorar os modelos de negócio, apostar na educação do consumidor e investir na transparência. Assume também que o foco deve estar a partir de agora na reparação e na reciclagem, numa escolha mais inteligente das matérias-primas, não esquecendo os altos custos das alternativas de baixo impacto. Admitindo que nem sempre é possível de o cumprir dada a falta de infraestruturas próprias para reciclagem e outros obstáculos tecnológicos.
São também reconhecidos no documento os desafios inerentes à organização de dados para a construção do Passaporte Digital de Produto, as mais valias da inteligência artificial, do machine learning e a da tecnologia blockchain.
De destacar no relatório final ainda o contributo de Andre Lhamas, chefe de desenvolvimento de negócios da Plataforma E, que toca um pouco em todos os pontos acima enunciados. A Plataforma é conhecida pelo seu software RealTime, projeto para otimizar o ciclo de desenvolvimento de produtos.