26 maio 22
Empresas

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É preciso assegurar a “sustentabilidade das empresas”

“Disrupções nas cadeias de fornecimentos e o aumento das energias principalmente o gás natural”, marcam o contexto atual das empresas têxteis e aconselham à criação de um sistema de apoios diretos às empresas mais afetadas da fileira, disse Mário Jorge machado, presidente da ATP.

Em entrevista à cadeia de televisão pública, Mário Jorge Machado assegurou que “não podemos falar de sustentabilidade ambiental e social sem falarmos de sustentabilidade económica” das empresas – ou, dito de outra forma, sem que a solvência das empresas seja assegurada, o que determinará a manutenção dos postos de trabalho, a criação de riqueza, os níveis de consumo e a capacidade de captação de impostos por parte da administração central.

Num contexto em que “por causa dos preços do gás natural, o custo de produção de algumas das empresas do sector têxtil multiplicou por cinco, e isso é insustentável”, a ATP tem vindo a desenvolver esforço tanto junto do Governo português como da Comissão Europeia para deixar claro que o apoio direto é a única forma de rodear o aumento exponencial dos custos de produção.

Mário Jorge Machado disse ainda que a opção pela mudança do mix energético das empresas – por exemplo, a troca de gás pela biomassa ou pela fotovoltaica – é útil, “nomeadamente no que tem a ver com a descarbonização”, mas não é aplicável a todas as empresas. De qualquer modo, “temos de desenhar programas que ajudem as empresas a suportar os custos” da transição energética”, disse Mário Jorge Machado.

O presidente da ATP recordou, por outro lado, que a Comissão Europeia agregou o têxtil como “um dos 14 sectores estratégicos para a economia europeia” e que a reposta da fileira portuguesa está num plano elevado – desde logo no que tem a ver com a área da investigação e desenvolvimento.

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