Bebiana Rocha
A Marques Soares celebra este ano 65 anos de história, consolidando-se como um dos nomes mais emblemáticos do retalho multimarca em Portugal. Desde a abertura dos “Armazéns Marques Soares” em novembro de 1960, no Porto, a empresa soube adaptar-se às mudanças sociais, económicas e culturais do país. Hoje, o grupo conta com 14 mil metros quadrados de área comercial e 250 colaboradores distribuídos por sete cidades.
Para Elisabete Neves, Diretora de Marketing do grupo, cada etapa do percurso contribuiu para a dimensão atual da empresa. “A capacidade de adaptação é parte do nosso ADN. É o que nos permite evoluir e continuar relevantes para os consumidores portugueses”, afirma em entrevista ao T Jornal.
O compromisso com a indústria portuguesa é uma prioridade, assume. “Ainda há um ano lançámos uma edição especial da nossa marca Malva em colaboração com a estilista portuguesa Katty Xiomara. Foi uma coleção-cápsula exclusiva que reflete o melhor do design e fabrico português”, exemplifica.
Para além do potencial como embaixadora do made in Portugal, a Marques Soares assume a digitalização como um eixo estratégico. A empresa investiu recentemente numa plataforma de comércio eletrónico renovada, intuitiva e user friendly. Um chat bot via WhatsApp garante apoio ao cliente fora do horário das lojas, tornando a experiência de compra mais fluida.
E assume a sustentabilidade também como um compromisso importante. “É um critério essencial na seleção das marcas que representamos, garantindo transparência, rastreabilidade e responsabilidade ambiental”, refere Elisabete Neves.
Questionada sobre os desafios imediatos, aponta para as obras em curso no Porto, que dificultam o acesso às lojas. Ainda assim, a empresa mantém uma visão otimista sobre o futuro do retalho multimarca em Portugal, centrado no atendimento personalizado e na experiência do consumidor.
Para os próximos anos, a ambição passa por transformar os condicionamentos atuais em acessibilidades que tornarão o centro do Porto um ponto de atração para residentes e turistas. Com 65 anos, a Marques Soares mostra que tradição, modernidade, digitalização, sustentabilidade e valorização da indústria portuguesa podem caminhar lado a lado.
Lembrar por fim que o grupo se diversificou para as áreas do turismo e da cultura. O museu Wondersense, inaugurado este verão, é um exemplo disso mesmo. Oferece uma experiência interativa e sensorial no centro do Porto, atraindo residentes e turistas. “É um espaço que une arte, emoção e diversão, preenchendo uma lacuna no centro da cidade”, explica a diretora.