9 Maio de 2017
Tapeçarias

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Desistart muda-se para Cortegaça e investe dois milhões

A empresa de tapeçarias Desistart investiu recentemente mais de dois milhões de euros. A empresa transferiu a sua fábrica de S. Félix da Marinha (Gaia) e opera agora num pavilhão industrial em Cortegaça (Ovar) com mais de 2000 metros quadrados de superfície. Criou assim mais 12 postos de trabalho e novos centros de competências, passando a empregar 33 pessoas. E tem uma parceria com a estilista Katy Xiomara.

O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, desloca-se esta quarta-feira à Desistart, que mudou de instalações há menos de meio ano. A visita inicia-se pelas 15h30 horas e permitirá àquele membro do Governo inteirar-se dos impactos positivos que está a ter o programa de investimentos, superior a 2 milhões de euros, que a empresa concluiu no fim do ano passado com recurso a fundos comunitários.

A Desistart dedica-se à produção de tapeçarias de luxo e conta com 20 anos de atividade, exportando mais de dois terços da produção. Os investimentos efetuados visaram, fundamentalmente, a modernização, expansão e apetrechamento técnico da sua unidade fabril, num projeto cofinanciado pelo Portugal 2020, através do Centro 2020 – Programa Operacional da Região Centro.

Nestas duas décadas, a empresa destacou-se no mercado internacional pelos seus tapetes de produção manual (“hand-tufted”), sobretudo, mas agora, com três teares semiautomáticos novos para a produção de tapetes de nós manuais (“hand-knotted”), está a aumentar a oferta nos segmentos de maior prestígio e valor acrescentado.

Evidenciando a nova fase da operação, a Desistart fez recentemente uma parceria com a estilista Katty Xiomara. Da colaboração entre as duas partes resultou uma capa, tipo “capote de paseo” dos toureiros, confecionada a partir de uma tapeçaria à base de viscose e lã, que faz parte da coleção outono/inverno 2017-2018 da criadora de moda portuguesa, já apresentada na Semana de Moda de Nova Iorque e na mais recente edição do Portugal Fashion, no Porto.

O programa de investimentos visa, igualmente, posicionar a Desistart no mercado global como produtora “premium” e alargar o espetro da sua presença comercial além-fronteiras, de forma a aumentar as exportações para 18 destinos e a vender no estrangeiro cerca de 90% da sua capacidade instalada, no final do próximo ano.

Para tanto, a empresa, fundada pelo casal Rosa e Henrique Ferreira, tem incrementado as ações de promoção externa e passará a dispor, a partir do final do verão, de um delegado comercial em França e de um “corner” com os seus produtos num “showroom” profissional, em Paris, em que estarão representadas algumas das mais famosas marcas internacionais de soluções e equipamentos para casa e decoração.

Em 2016 ainda não se repercutiram os efeitos dos investimentos feitos ao longo do ano e a faturação da Desistart atingiu os 1,2 milhões de euros. Com a nova fábrica em velocidade de cruzeiro, porém, os responsáveis da empresa esperam chegar aos 2 milhões de euros em 2020.

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