Jorge Fiel
Já há almofadas produzidas com algodão carbono positivo – essa é a grande novidade que a Coton Couleur trouxe à edição 2024 da Heimtextil, na Messe de Frankfurt. O algodão carbono positivo é importado da Austrália, onde foi desenvolvida uma técnica inovadora.
Esta técnica garante que o carbono absorvido pelos pequenos animais de habitam a terra onde o algodão está plantado é superior ao libertado pela sua plantação. “É uma novidade absoluta em termos de roupa de cama”, garante Carlos Carvalho, CEO da Coton Couleur, que também trouxe a Frankfurt misturas de lâ ou lyocell com algodão. Linho não está, pelo menos para já, nos seus planos.
“O linho está muito caro, começa a ser mais fácil vender ouro”, graceja Carlos Carvalho, que responsabiliza os chineses pelo brutal aumento do preço, que ainda há um ano andava nos 13 a 14 euros o quilo e agora não se compra por menos de 20 euros.
“Os chineses chegam à Bélgica e à Holanda, que são os principais produtores de linho e compram tudo. Foi este boom na procura que fez disparar o preço”, afirma o CEO da Coton Couleur.
A Europa é o principal destino das exportações da empresa, com a Espanha em primeiro lugar e os outros lugares do pódio a serem ocupados com a França. Os Estados Unidos são como o linho – não fazem parte dos planos da Coton Couleur.
“Não vendo nos Estados Unidos. Já estive na Market Week e percebi logo que é um mercado pouco fiel. Trocam de fornecedor como quem muda de casa, para pouparem um cêntimo. E não dão estabilidade a ninguém. Num ano compram muito e no ano a seguir não compram nada. É um mercado que não interessa”, explica Carlos Carvalho.