30 março 20
Consumo

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Consumo de luxo cai até 35% no trimestre

Com a maioria dos lojas já fechadas ou a fechar em todo o mundo, a disposição dos consumidores para o segmento do luxo está na linha da frente do retraimento das compras: o relatório mais recente da consultora Bain & Company diz que, só no primeiro trimestre deste ano, aquele segmento de negócios deverá cair até aos 35% quando comparado com o período homólogo de 2018.

De qualquer modo, a consultora afirma também que, após a crise, as marcas emergirão mais fortes e responderão às novas tendências do consumidor – uma espécie de catarse dos tempos difíceis, que fará o consumo disparar. O problema é que a Bain & Company não indica – nem poderia – quando prevê o fim da crise, nem parece levar em consideração a mais que provável diminuição dos excedentes finaneiros familiares, normalmente gastos no consumo ‘desnececessário’.

A (outra) boa notícia é que, diz a consultora, estando o comércio global do luxo concentrado no mercado chinês em cerca de 35% (e com um galopante crescimento de 90% antes da pandemia) e estando o país já em rota de relançamento da economia, sendo o primeiro da fila, é possível que o segmento possa sentir algum reaquecimento em poucos meses.

A consultora explica que as restrições de transporte e viagens são os principais fatores que dificultam a sustentação do mercado do luxo. Por outro lado, e diferentemente de outras pandemias, a Covid-19 penalizou fortemente a China, o que se repercutiu de imediato no segmento do luxo.

As tendências dos consumidores de luxo que se consolidarão após a crise são o aumento das compras na China, a aceleração das compras on-line e uma maior consciencialização da sustentabilidade, segundo avança a Bain & Company.

A Bain recomenda que as empresas se concentrem em permanecerem relevantes para os consumidores, investindo em marketing, ajustando despesas, ativando planos de contingência de curto prazo e agilizando a tomada de decisões. Nada que seja propriamente fácil.

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