09 julho 24
Formação

T

“Com este workshop, as empresas ficarão com uma visão mais ampla e concreta”

A Systemic, reconhecida pelo seu compromisso com a sustentabilidade e a inovação, vai realizar, em parceria com a ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, o workshop “Como Implementar uma Estratégia de Sustentabilidade”, para capacitar as empresas têxteis e de vestuário a responder os desafios ambientais, sociais e de governança do século XXI. Este evento decorrerá nos dias 16 e 17 de julho, das 10 às 17 horas, nas instalações da ATP [R. Fernando Mesquita 2785, 4760-034 Vila Nova de Famalicão]. O workshop será presencial em ambos os dias e tem um custo de 350 euros (acresce IVA) para associados da ATP e 450 euros (acresce IVA) para não-associados. Para as empresas que inscrevam três ou mais participantes, o preço é de 300 euros (acresce IVA). A inscrição pode ser feita aqui.

Em entrevista ao T Jornal, Sofia Santos, CEO da Systemic e coordenadora de formação, Pedro Wilton, ESG e Finance Director, Ana Assis e Diogo Almeida, ambos Skilled Sustainability Athlete e Senior Consultant, desvendam as motivações por detrás deste workshop, os desafios atuais das empresas na implementação de estratégias sustentáveis e as inúmeras oportunidades que podem advir dessa transformação. Os formadores partilham ainda as linhas orientadoras do programa e o que diferencia este workshop na oferta existente no mercado, numa conversa inspiradora que demonstra como a sustentabilidade pode ser um motor de inovação e sucesso empresarial.

 

O que levou a Systemic a criar a Future Academy? Quais estão a ser as forças motrizes deste projeto? E como deverá evoluir no futuro?

Sofia Santos – Elaborámos um manifesto que expressa o posicionamento da Future Academy e que está no nosso site [ver aqui]. Em resumo, percebemos que o sucesso da sustentabilidade residia na adoção de uma nova visão pelas empresas, promovendo uma mudança de comportamento e consciencialização tão crucial quanto o conhecimento teórico e prático necessário. Daí que as nossas formações propõem uma componente prática de trabalho com as ferramentas e uma componente mais conceptual que incorpora o conhecimento teórico sobre sustentabilidade e ESG [Ambiental, Social e Governança] com o enquadramento legal atual. A Systemic tem um portefólio alargado e consolidado de formação na área da sustentabilidade – é uma das mais importantes etapas na realização dos projetos que realizamos, nomeadamente acerca da implementação de estratégias de sustentabilidade e de reporte ESG. Com o despertar crescente do tema da sustentabilidade e da implementação de novas abordagens de gestão e organização, sentimos que podemos oferecer cursos que tornem a capacitação nestes temas mais acessível, especialmente para as PME. Acreditamos que podemos desmistificar temas como estratégia de sustentabilidade, greenwashing, diligência devida, reporte, entre outros. Dar uma visão positiva e uma perspetiva prática de iniciar ou fortalecer a trajetória que muitas empresas já estão a fazer ou pretendem iniciar.

 

Quais são os principais desafios que as empresas enfrentam atualmente na implementação de estratégias de sustentabilidade? E que oportunidades podem também advir?

Diogo Almeida – Parece-nos que o principal desafio é colocar a sustentabilidade no centro da agenda e conseguir encontrar o momento para que as empresas consigam refletir sobre o seu impacto. Para isso é essencial capacitar as equipas, promover uma consciencialização generalizada na empresa. Diria que, depois disso, as empresas se encontrarão preparadas para dar o primeiro passo: medir, identificar as oportunidades e os riscos a que estão sujeitas.

 

Quais mais-valias oferece o workshop “Como Implementar uma Estratégia de Sustentabilidade”?

Sofia Santos – Este workshop é uma oportunidade trabalhar ferramentas concretas. Partimos do pressuposto que os participantes já têm consciência de que é necessário passar à ação, mas porque ainda não tiveram este espaço interno de reflexão, ainda parece muito difícil decidir por onde começar. É um momento para explorarmos ferramentas práticas e trocar ideias sobre o processo.

 

O que diferencia este workshop relativamente à oferta equiparável existente no mercado na área de sustentabilidade?

Ana Assis – Neste workshop procuramos replicar o tipo de questões que as empresas se colocam quando pretendem avançar para implementar uma estratégia de sustentabilidade ou pretendem realizar a sua demonstração ESG. Fazemos um enquadramento em termos de regulação e de mercado, para poder identificar os próximos passos. Vamos analisar uma empresa da fileira têxtil e perceber o que essa empresa já faz, e delinear a trajetória para o que seria desejável que faça.

Começamos por desenhar a cadeia de valor e identificar os impactes ambientais, sociais e éticos, positivos e negativos, para obter uma visão integradora do negócio e entender onde estão os riscos e as oportunidades.

 

Quais foram as linhas orientadoras que nortearam a elaboração do programa deste workshop?

Sofia Santos – Para além das questões já referidas, como o enquadramento em termos de sustentabilidade, ESG, reporte e as diretivas que dizem diretamente respeito ao setor, fazemos a ponte com ações concretas seguindo a metodologia que desenvolvemos na Systemic.

 

O workshop vai contemplar o estudo de caso reais?

Ana Assis – Vamos apresentar exemplos de casos reais e aplicar sobre um caso fictício adaptado de um caso real, por uma questão de privacidade de dados.

 

Qual é o perfil ideal dos participantes para este workshop?

Pedro Wilton – O workshop dirige-se fundamentalmente a pessoas da indústria, nomeadamente empresários e dirigentes que pretendam ter um conhecimento concreto do percurso que as empresas devem percorrer, mas também de responsáveis por esta “pasta” ou que tenham como função o desenvolvimento do processo.

 

Quais são as razões subjacentes à parceria com a ATP para a realização deste workshop?

Ana Assis – A parceria com a ATP é fundamental para chegar às empresas do setor. A sustentabilidade é um processo que assenta na estreita ligação entre todas as partes interessadas, na partilha de informações e sinergias entre as partes. A ATP é uma associação que integra grande parte das empresas da fileira têxtil, tem uma vasta experiência na organização de eventos e criação de pontos de contato entre os associados. Para além do envolvimento com as empresas nacionais, há também o envolvimento internacional ao nível europeu, como é o caso no EUROTEX.

 

Como pode este workshop contribuir para a competitividade das empresas no mercado global?

Diogo Almeida – Fortalecer o conhecimento em sustentabilidade e ESG tem vários argumentos positivos que vão para lá da preparação para responder à regulação. Com este workshop, as empresas ficarão com uma visão mais ampla e concreta que lhe permitirá entender as oportunidades que a adoção de critérios de sustentabilidade abre em termo de redução de custos e eficiência, em termos de inovação e novas oportunidades de mercado, de fortalecimento da relação com as partes interessadas ou ainda em termos de atração e retenção de talento.

 

Neste workshop, o que aporta cada um enquanto formador?

Ana Assis – Eu tenho uma sólida experiência na indústria têxtil, o que lhe permite entender os desafios e as oportunidades do setor têxtil e vestuário. Nós últimos quatro anos, aliei essa experiência com o fortalecimento de competências em sustentabilidade e liderança, na gestão de projetos e participação em equipas que trabalham com as empresas, em estreita colaboração, para a implementação de estratégias de sustentabilidade.

Diogo Almeida – Eu tenho uma vasta experiência na temática carbono, tendo trabalhado em diversos setores, desde a indústria, construção civil e saúde aos serviços e banca, o que me permitiu ter uma visão alargada da cadeia de valor, das vantagens e dificuldades que as empresas enfrentam e que ações devem realizar para mitigar a pegada de carbono, ficando alinhadas com o roteiro para a neutralidade carbónica.

Pedro Wilton – Eu tenho uma ampla experiência do setor financeiro, que me permite demonstrar como a sustentabilidade é um tema central no relacionamento das empresas com os seus financiadores – incluindo bancos, investidores de capital de risco ou mesmo fundos da União Europeia.

 

Que expectativas têm em termos de networking e colaboração entre os participantes durante e após o workshop pelo facto de ser presencial?

Pedro Wilton – O workshop está aberto a todas as empresas que que queiram participar, estando especialmente dirigido às empresas industriais da fileira, por isso temos a expectativa que reúna um conjunto de participantes de diferentes áreas do setor e que nos permita, inclusivamente, ter uma boa perspetiva do conjunto importante de partes interessadas.

 

Após a conclusão deste workshop, que competências deverá ter adquirido o participante?

Ana Assis – Esperamos que, no final do workshop, os participantes terão compreendido as principais tendências e instrumentos de regulação em vigor, identificado o processo de identificação de partes interessadas da empresa, identificado a relação entre certificações e regulação, compreendido e identificado os eixos estratégicos e que tipo de informação se deverão preparar para recolher.

Os participantes receberão um certificado emitido pela Systemic, entidade certificada pela DGERT, e inscrição na plataforma SIGO.

Partilhar