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A Coelima prepara-se para apresentar um plano de recuperação da atividade, na sequência do pedido de insolvência da empresa – motivado pela quebra de vendas “superior a 60%” provocada pela pandemia e da não aprovação das candidaturas que apresentou às linhas de crédito Covid-19. A empresa diz pretender, conforme previsto na lei, apresentar o plano de recuperação aos credores no prazo de 30 dias.
“A empresa decidiu avançar com o pedido de insolvência, fruto da situação criada pela pandemia, que provocou uma forte redução das vendas e uma pressão sobre a tesouraria insustentável”, adiantou a empresa à agência Lusa.
Com cerca de 250 trabalhadores, a têxtil de Guimarães integra o grupo MoreTextile, que em 2011 resultou da fusão da Coelima com a JMA e a António Almeida & Filhos e cujo acionista principal é o Fundo de Recuperação gerido pela ECS Capital, liderado por António de Sousa, ex-governador do Banco de Portugal.
De acordo com fonte oficial da têxtil, após “todos os esforços realizados, a empresa decidiu apresentar-se à insolvência de forma a minimizar os impactos nos vários stakeholders, nomeadamente dos colaboradores [cerca de 250], que apesar da situação têm todos os salários em dia”.
Depois da restruturação realizada ao longo dos últimos anos, a Coelima esteve perto de ser alienada em março do ano passado, mas a operação acabou por não avançar, num contexto de incerteza gerada com a pandemia. Em 2019, a ECS alienou a Tearfil, que também fazia parte da More Textile.
Com o objetivo de “assegurar a manutenção de postos de trabalho e minimizar impactos na região” a empresa diz ter procurado diferentes alternativas para prosseguir a atividade, salientando, entre as várias ações promovidas, as candidaturas apresentadas às várias linhas de crédito Covid-19, mas que até à data não foram aprovadas.