12 maio 25
Empresas

Bebiana Rocha

CM Socks já tem produção esgotada para 2025

A CM Socks aumentou 20% a sua produção em 2024, com o administrador Carlos Maia a confirmar ao T Jornal que este foi o melhor ano de sempre para a empresa. “O crescimento que tivemos foi por produzirmos mais encomendas. Em 2025 continuamos a ter novamente um aumento na ordem dos 10-15%. Já estamos com a produção tomada para o ano inteiro, estamos lotados”, afirma satisfeito, garantindo que o sucesso deriva de terem um produto de alta qualidade que os consumidores compram porque é diferenciado. “Não temos um tear que não seja automático. As nossas máquinas de tricotagem são novas, já são todas para fazer meias sem costura, o que ajuda imenso ao nosso sucesso”, explica.

A CM Socks tem apostado cada vez mais na produção de artigos técnicos, como é o caso da meia Prevent Sprain, que previne entorses, está patenteada em 140 países e tem feito sucesso nos EUA, no Canadá, Dinamarca e Inglaterra. “Temos também meias antibolha, vários artigos feitos com fio da marca Cordura, que é um fio que custa 18€ o quilo. Tentamos sempre projetar para a necessidade do cliente, só assim nos aproximamos e conseguimos aumentar a venda dos nossos produtos mesmo em momentos difíceis. Todos os anos os nossos clientes crescem com os nossos produtos. Nesta fase complicada temos lojas que baixaram no geral, mas que nos nossos artigos tiveram crescimento. É pela relevância”, continua.

E há diferenciais para a concorrência que não são apenas a qualidade, mas também o serviço prestado, a rapidez e a comodidade de comprar em Portugal. “Nós armazenamos os produtos, que vão quase diretos para as lojas. Se comprassem noutros países teriam de os armazenar no mínimo seis meses. Fazemos stocks astronómicos de produto acabado, é um esforço grande em termos de instalações e também financeiros, mas damos resposta a encomendas em oito dias”, salienta.

Com mais de 30 anos de know-how e 200 colaboradores, a CM Socks mostra-se realizada com o patamar alcançado, mas nem por isso menos ambiciosa. Esta semana chegam novas máquinas à empresa e novos colaboradores para que possa continuar a aumentar a sua capacidade produtiva, fazer cada vez produtos mais diferenciadores e dar resposta às solicitações dos novos clientes.

“Neste momento, não estou a conseguir aceitar clientes novos. Tenho rejeitado por uma questão de capacidade, ter tantas encomendas também é uma preocupação, é uma preocupação diferente, mas é desafiante”, conclui Carlos Maia.

Questionado sobre a questão das tarifas dos EUA, uma vez que também exportam para esta geografia, o dirigente afirma que é mau, porque vai aumentar o preço do produto, vão comprar menos, mas diz que não é por aí que tem um problema. Até porque o Canadá é um mercado com forte potencial para a Europa, com o qual Portugal mantém boas relações e pode ser uma aposta reforçar laços.

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