05 abril 24
Inovação

Ana Rodrigues

CITEVE avalia fibras naturais no âmbito do projeto be@t

Desde a sua criação, o projeto be@t tem vindo a desenvolver diversas iniciativas de forma a promover a inovação no campo da sustentabilidade e da circularidade do sector têxtil nacional. Entre muitas outras matérias, os novos fios produzidos com fibras naturais, a transformação de resíduos em recursos para a indústria têxtil e o combate à poluição por microplásticos estão em evidência. No caso das fibras, o CITEVE lidera mais um projeto.

É precisamente no que contende com os novos fios produzidos com fibras naturais, no âmbito da iniciativa 2 do be@t liderado pelo CITEVE e com a colaboração da Mundifios, Yarnbast e Universidade do Minho, que está a ser realizado um estudo de avaliação de desempenho de fios produzidos com diferentes fibras naturais (cânhamo, linho, bananeira e ananás), em misturas com fibras de liocel.

Este estudo pretende, também, avaliar o comportamento das diferentes fibras naturais nos vários processos têxteis e continua a acompanhar as inovações da indústria têxtil nacional em práticas mais sustentáveis como a introdução de novos materiais.

A iniciativa 5, por seu turno, alinha-se com a bioeconomia circular e promove sinergias entre diferentes indústrias e stakeholders, de modo a incentivar a redução do desperdícios e a intensificação da reciclagem. Nesse sentido, está a ser explorada a transformação de resíduos e subprodutos de base natural em materiais funcionais para a indústria têxtil e, para tal, caules de tomilho bela-luz, pele de amendoim, casca de amêndoa e dréche estão a ser sujeitos a processos de adequação, estabilização e transformação para posterior aplicação.

Por fim, o be@t tem vindo a desenvolver um método para identificar e quantificar a libertação de microplásticos provenientes da lavagem de substratos têxteis. Esta é uma atividade que pretende aumentar o conhecimento sobre o tema e sensibilizar os consumidores para práticas sustentáveis, uma vez que anualmente são lançados nos oceanos mais de meio milhão de toneladas de microplásticos e a lavagem de materiais sintéticos é um dos fatores responsáveis por esta poluição.

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