06 novembro 24
Reciclagem

Bebiana Rocha

CIP pede revisão do valor de contrapartida para gestão de embalagens

A CIP – Confederação Empresarial de Portugal apelou ao Governo uma revisão dos valores de contrapartidas financeiras na recolha de resíduos de embalagem. Na base está um aumento de 100% no valor a pagar pelos produtores de embalagens às Câmaras e empresas municipais que fazem a recolha e triagem dos resíduos.

“A consequência mais imediata de todo este incompreensível processo será a penalização dos consumidores, com um aumento significativo dos preços/inflação do mercado e dos sectores de atividade que interagem diretamente com o SIGRE”, apontou em comunicado em representação dos seus associados, dos quais faz parte a ATP.

O SIGRE foi criado para garantir a organização e gestão de um circuito que assegure a retoma, valorização e reciclagem dos resíduos de embalagens não reutilizáveis, assim como a redução do volume de resíduos depositados em aterro. No entanto, a CIP considera incompreensíveis e inaceitável os cálculos.

“A expectativa era que o Governo tivesse assegurado maior transparência nos processos de cálculo dos valores de contrapartida e um aumento gradual dos referidos valores, para que todos os agentes obtivessem informação clara e atempada, evitando desequilíbrios e conferindo confiança a todos os participantes”, prossegue.

A nova tabela entra em vigor a 1 de janeiro e, em alguns casos, os custos com retomas do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens vão aumentar de 122 milhões de euros para 237 milhões em 2025.

As marcas de vestuário que encaminhem as embalagens para ecopontos municipais podem ser impactadas por este aumento das prestações financeiras. Mais informações aqui.

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