Ana Rodrigues
O evento ChangeNow, inscrito na área da sustentabilidade, reuniu os presidentes das câmaras de mais de 30 cidades europeias e entre eles representantes de dez cidades defenderam a Declaração Slow Fashion, que destaca a necessidade de consciencialização pública sobre as consequências do fast fashion.
Representando uma população coletiva de 6,5 milhões de cidadãos, representantes de dez cidades europeias incluindo Dublin, Paris, Estrasburgo, Bordéus, Leuven, Annecy, Bolonha, Rzeszów, Terrassa e Turku, reuniram-se no ChangeNow – evento focado nas soluções sustentáveis para o planeta. O impacto prejudicial do fast fashion e a Declaração do Slow Fashion, que o pretende combater, esteve em foco.
Esse esforço conjunto procurou instar a União Europeia, o G7 e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) a estabelecerem regulamentações que nivelem o campo de jogo entre os empreendedores de slow fashion e conglomerados de fast fashion.
Para além da consciencialização pública sobre as consequências sociais e ambientais do fast fashion, a declaração visa facilitar o acesso aos locais de produção e vendas alternativos. Foi ainda enfatizado o apoio financeiro para investigação e inovação em soluções técnicas ecologicamente corretas e criação de empregos locais.
A declaração apela ao apoio financeiro de novos modelos de negócio no sector da moda e encoraja a reorientação de subvenções e empréstimos para apoiar empresas com impacto positivo, enfatizando o papel dos contratos públicos na promoção de novos mercados e clientes para negócios sustentáveis.