17 novembro 25
Empresas

Bebiana Rocha

CEO da Endutex recebe prémio de inovação na Gala EY

A Gala EY Entrepreneur of the Year homenageou, na passada sexta-feira, no Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões, um conjunto de empresários de sucesso, entre os quais Vítor Abreu, CEO da Endutex. O empresário recebeu não só um troféu por ser finalista do concurso EY Entrepreneur of the Year, como também um prémio de inovação, reconhecendo-o como exemplo de liderança e impulsionador da criação de novos produtos e serviços.

No seu discurso, Vítor Abreu agradeceu ao júri e à organização: “Nós, empresários, geralmente somos pintados como o Lobo Mau; é bom estar aqui hoje no papel de Capuchinho Vermelho”. Aproveitou ainda o palco para deixar uma palavra de agradecimento à equipa: “Sem ela, a Endutex não estaria no patamar em que se encontra hoje. Um eterno reconhecimento. Após 44 anos, fazem-me acordar com a mesma determinação”, concluiu.

Durante a gala, um curto vídeo mostrou várias imagens das instalações da Endutex, em Vilarinho, acompanhadas de algumas palavras do seu impulsionador. Vítor Abreu comparou o seu olhar sobre a empresa ao olhar de um pai para os filhos: parecem nunca crescer, são as mesmas crianças de sempre. “A Endutex continua a ser, para mim, quase a mesma empresa em que comecei”, afirmou.

O empresário assumiu a liderança da Endutex em 1990 e impulsionou a diversificação do grupo, que hoje atua não só no setor dos têxteis técnicos, mas também na hotelaria e no imobiliário. Foi sob a sua liderança que a Endutex se tornou uma referência em têxteis técnicos sustentáveis, faturando mais de 145 milhões de euros e estando presente em mercados como Espanha, Brasil e Hungria.

A gala contou com a presença especial do Ministro da Economia e Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, que desde o início destacou o seu apreço pelos empreendedores. “Se não houver empreendedores, as empresas morrem. É preciso homenagear quem empreende. Não é para todos: é necessário estudar e analisar o mercado, os concorrentes, as alternativas e as oportunidades, mas depois há o momento de correr o risco, porque nunca há certezas quando se faz um investimento. Este impulso não é para todos”, afirmou.

O ministro destacou que o risco justifica a existência do lucro, que é o prémio pago a quem ousa perder, e reforçou que Portugal deve reconhecer quem se arrisca. Alinhado com a visão dos empresários, acrescentou: “O crescimento de uma empresa não é um problema” e desejou que todas as empresas se transformem, um dia, em grandes empresas. No seu entender, não existe lucro excessivo.

Num discurso de tom mais político, afirmou que “a missão do Governo perante os empreendedores é de estorvar o mínimo possível”, através da redução da burocracia e da diminuição dos impostos sobre as empresas, ações que o Governo tem implementado de forma consistente, incluindo no IRC.

O Estado tem também apoiado o financiamento empresarial: “As nossas empresas estão muito descapitalizadas. Estamos a dar um papel ao Banco Português de Fomento para ajudar no processo de capitalização das empresas, através de garantias”, explicou.

Por fim, avançou que o Governo está a apoiar a inovação nas empresas, acreditando que a economia só pode crescer assente nesse pilar. Estão disponíveis mais de 900 milhões de euros, através de um instrumento financeiro alojado no Banco Português de Fomento, proveniente do PRR, garantindo que nenhum euro seja desperdiçado e que as empresas se tornem mais competitivas.

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