20 junho 24
Sustentabilidade

Bebiana Rocha

Carvema, Gravotêxtil e Tinkave reduzem 150 toneladas de CO2

A ATP – Associação Têxtil e do Vestuário de Portugal acolheu ontem, dia 20 de junho, a Cerimónia de Reconhecimento de Empresas Têxteis de Redução de CO2, organizada pela Tech4Food. Carmeva, Gravotêxtil e Tinkave foram as empresas agraciadas com um troféu em madeira por atingirem a meta de redução de 150 toneladas de CO2.

“Temos vindo a procurar trabalhar junto das diferentes instituições, nomeadamente do governo, para que existam apoios às empresas para fazerem investimentos como este e tornarem-se mais competitivos”, disse Mário Jorge Machado na abertura de sessão. Seguido pelo CEO da Tech4Food, Fernando Saraiva: “Em 2021 decidimos ter uma unidade dedicada à parte da energia. Ainda não tinha acontecido a questão do gás, elogio as empresas que tomaram a decisão, apesar da incerteza, foi de uma grande proatividade”, comentou.

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Em questão está a instalação de máquinas para recuperação de energia têxtil, que conta com a colaboração da KMA e Acimatêxtil. “O processo está dividido em dois estágios: um de recuperação  de calor por fumos e ar e outro de água”, explicou Graça Gomes, auditora energética. “A Carvema apresenta uma maior recuperação nos fumos ar, que tem a ver com o tipo de produto e com as temperaturas usadas”, esclarece, colocando a tónica no facto de ser um duplo sistema de aproveitamento.

Os números avançados são de 36% de recuperação numa das râmulas e 41% noutra. Mas Carlos José Carvalho, sócio-gerente da Carvema, sublinha que “mais importante do que os valores serem bons é serem constantes. A questão da limpeza também é muito importante, consegue-se com intervenção mínima”. A Gravotêxtil partilhou da mesma opinião “a eficácia tem-se mantido”. Pedro Cunha, terceira geração na administração da Gravotêxtil, disse mesmo que “foi uma aposta ganha”. “Compramos dois e já reforçamos”!

Como vantagem, Carlos José Carvalho aponta ainda a possibilidade de acompanhar os números no telemóvel – “conseguimos ver online a recuperação que está a ser feita”. O que permite mais tarde quantificar aos clientes que têm exigido cada vez mais o preenchimento de dados que demonstrem a redução da pegada de carbono. Presente na apresentação esteve também a Felpinter que concordou com as exigências contantes dos clientes para cumprir com metas a curto prazo de sustentabilidade, curiosa com a solução apresentada. O payback estimado pela Tech4Food é de dois anos e meio a três anos.

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