Bebiana Rocha
A Carmafil participou na passada semana em mais uma edição da Première Vision Paris, desta vez com peças com muito mais detalhadas, sendo que todos os pormenores são handmade. Filipe Maciel dá o exemplo de t-shirts com pedras Swarovski.
“Estamos a segmentar e a priorizar cada vez mais o luxo. Já o tínhamos começado a fazer através da escolha de matérias-primas nobres e nos processos especiais de tratamento das peças, este ano fizemos um upgrade e entramos nas aplicações, que são todas trabalhadas internamente, entre elas cristais Swarovski”, conta ao T Jornal.
Em termos de balanço do certame, o commercial and sales director afirma que foi muito melhor em termos de afluência do que a edição homóloga, no entanto, ainda não chega aos níveis de uma PV de 2023 ou 2022.
“A feira teve mais movimentada do que o ano passado, talvez tenhamos sentido isso pela localização do stand, que estava centralizada e junto a muitos outros fabricantes portugueses, o que é sempre muito bom. Em edições passadas ficamos deslocalizados, o que promovia comparações de preço com os quais não podemos competir”, comenta.
A sugestão da Carmafil para que todos os expositores possam usufruir de uma feira de melhor qualidade passa por colocar um maior filtro aos visitantes. “É difícil medir a qualidade da feira, mas achamos que passa muito pela qualidade dos compradores e não tanto pela quantidade”, inicia.
“Sugerimos uma feira mais pequena, onde haja uma maior dificuldade para pessoas que não são produtoras inscreverem-se. Quem sabe pedir um pagamento simbólico de entrada, como já aconteceu em outros tempos, porque a feira está a perder por isso, por ter visitantes pouco relacionados com a área”, constata Filipe Maciel. Acrescentando que a segmentação por país também seria importante para um reforço do posicionamento do made in Portugal.
O ano de 2025 será um ano de inaugurações para a empresa de confeção, que em 2024 concretizou vários investimentos, entre eles: a instalação de uma lavandaria industrial interna, que inclui entre outras máquinas de lavagem a seco para peças delicadas.
“Vamos também terminar a construção do nosso estúdio de fotografia, para podermos fotografar as nossas coleções dentro de portas”, acrescenta o responsável. No ano passado a direção apostou também na aquisição de uma nova máquina de corte a laser e na criação de um novo armazém de malhas, para além de ter renovado totalmente a imagem corporativa para acompanhar os novos tempos e a sua expansão internacional.