Bebiana Rocha
A Comissão Europeia aprovou, na passada semana, um plano de trabalho 2025-2030 no âmbito do Regulamento de Ecodesign para Produtos Sustentáveis, onde coloca o setor têxtil e vestuário, com foco especial no vestuário, entre os principais setores a serem alvo de novas exigências nos próximos cinco anos.
O objetivo é promover produtos mais sustentáveis, reparáveis, circulares e eficientes do ponto de vista energético na União Europeia, alinhando-se com o Clean Industrial Deal. Para a indústria têxtil e vestuário, esta mudança terá impacto direto ao nível do design dos produtos e também da informação obrigatória a fornecer aos consumidores.
A lista de produtos prioritários inclui também o aço, alumínio, mobiliário, pneus e colchões. As futuras exigências da Comissão deverão incluir elementos como: durabilidade mínima, eficiência energética e de recursos, disponibilidade de peças sobresselentes, teor mínimo de materiais reciclados e informação sobre a pegada ambiental e de carbono dos produtos.
No comunicado, a Comissão garante que terá em conta as necessidades das PME e das microempresas, assegurando apoios específicos para facilitar a transição.
“Esta iniciativa marca um passo importante para tornar a economia circular numa realidade no terreno e os produtos sustentáveis a norma em toda a União Europeia. Ao definirmos prioridades claras, estamos a proporcionar segurança jurídica e previsibilidade para as indústrias envolvidas, promovendo a inovação e estimulando o investimento para apoiar a transição para a economia circular”, conclui Jessika Roswall, Comissária para o Ambiente, Resiliência Hídrica e Economia Circular Competitiva, acreditando que ajudará a reduzir a lacuna de inovação, desenvolver mercados líderes para produtos sustentáveis e acelerar a descarbonização das cadeias de valor chave.