11 dezembro 23
Sustentabilidade

Maria Monteiro

Bilhete de identidade têxtil previsto para chegar em 2025

Em breve será possível apontar o telemóvel para o QR Code na etiqueta de uma peça de roupa e saber qual a sua origem, que trajeto teve a fibra de que é composta e que impacto teve no ambiente. Na última edição da feira MODTISSIMO, realizada em setembro, essa nova função já foi testada.

Uma das áreas geridas pelo CITEVE estava reservada aos projectos be@t e iTechStyle Green Circle, onde foram expostas peças de roupa com design de autor, com uma etiqueta que mostrava um pouco mais do que as habituais informações de composição ou formas de limpeza. Segundo as novas regras de economia circular delineadas pela União Europeia, esse futuro é já em 2025.

Entrevistada pela CNN Portugal, Cristina Castro, responsável pela comunicação do CITEVE explicou que o objetivo de apresentar os quatro exemplos no iTechStyle Green Circle foi “precisamente a aproximação de um futuro inevitável”. Segundo a responsável do CITEVE, “a ideia é que o consumidor tenha acesso a informação de uma peça antes de decidir comprá-la. Não há ainda muita gente a trabalhar nisto, mas já quisemos mostrar o que pode estar numa etiqueta que vai estar nas lojas quando vamos comprar roupas”.

O sector têxtil é um dos que mais contribui para a emissão de gases com efeito de estufa (cerca de 10%), uso de recursos hídricos e poluição (em grande parte com as águas residuais que produz). Desde que surgiu no panorama da indústria da moda e dos têxteis, em 2020, esta nova ferramenta, chamada passaporte digital, tem sido o reflexo de um momento de transição.

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