26 setembro 24
Empresas

Bebiana Rocha

Barcelcom: “2024 tem sido um ano de grande investimento”

Há semelhança de 2023, e em contracorrente com a instabilidade sentida no sector, a Barcelcom vive um ano satisfatório e de grande investimento. Nuno Mota Soares, aponta para “meio milhão de euros gastos nos últimos oito meses” para aumentar a capacidade produtiva e o parque fotovoltaico.

“Estamos a falar de um aumento de cerca de 15% na capacidade produtiva”, precisa, destacando o esforço empregue no sentido de serem autossuficientes em termos de energia. “Temos investido no fotovoltaico e nas baterias, temos também adquirido máquinas mais eficientes”, exemplifica.

Mas os esforços no sentido de se tornar uma empresa mais sustentável não ficam por aqui, estendem-se também aos produtos que apresentam aos clientes. “Aumentamos ao número de matérias-primas renováveis, atualmente usamos cerca de 32% de matérias-primas recicláveis, o ano passado estávamos nos 21%”, quantifica o Project & Business Manager.

Este é inclusive um dos key features que leva à Medica, feira dedicada ao sector da saúde. “Mais de 70% do portefólio usa matérias-primas recicladas”, anuncia. Em jeito de preview, Nuno Mota Soares fala sobre uma nova coleção fashion de meias de compressão graduada médica e em novas embalagens com certificação FSC.

“Vamos apresentar também na Medica em primeira mão a primeira meia de compressão graduada médica para voos de longa duração. Vem com palmilha integrada reciclada e permite ao passageiro descalçar-se durante o voo”, explica sucintamente.

A Barcelcom exporta atualmente 93% da sua produção para 40 países – “estamos presentes em todos os continentes, desde o Médio Oriente à Rússia”, diz Nuno Mota Soares ao T Jornal. A estratégia passa agora por fazer crescer o mercado da América do Norte da América do Sul.

“A feira Medica tem servido de ponto de contacto para o mercado americano, mas queremos começar a participar também noutras ações como missões empresariais aos Estados Unidos”, continua. Na América do Sul as atenções estão sobretudo voltadas para o Chile e para o México – “o Brasil não é atrativo por causa dos impostos que são impraticáveis”, justifica.

Aos investimentos em produtividade, sustentabilidade e esforços de internacionalização somam-se ainda investimentos para melhorar o carácter digital da empresa. “Estamos a preparar uma plataforma B2B para integração direta no site com o nosso portefólio, que vai permitir uma agilização das encomendas e também entregas mais rápidas”, diz em primeira mão ao Jornal, apontando como previsão de conclusão o final do próximo ano.

“Estamos a fazer esforços no sentido da digitalização, uns maiores que outros. Por exemplo, já não produzimos catálogos em papel há dois anos, já não produzimos cartões de visita e temos um QRCode dinâmico associado às peças que permite ao cliente quando compra fazer a leitura e ter acesso ao folheto informativo da meia”, explica. Em suma, a empresa centenária está sólida e quer continuar a antecipar-se às necessidades dos mercados e à legislação.

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