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A Avantium anunciou a descoberta de uma inovadora solução para a reciclagem de resíduos têxteis de mistura poliéster/algodão. Desenvolvida em parceria com o grupo de Química Industrial Sustentável da Universidade de Amesterdão, a tecnologia patenteada pela Avantium permite separar e reciclar eficazmente o algodão e o poliéster em mistura.
“Estamos entusiasmados com esta solução inovadora, que não só fornece matéria-prima para a nossa própria tecnologia de FDCA [ácido 2,5-furanodicarboxílico] e PEF [furanoato de polietileno] e se alinha com os nossos objetivos ambientais, mas também representa um avanço crucial para a concretização de uma economia circular”, afirmou o CTO da Avantium, Gert-Jan Gruter. “Na Avantium, estamos empenhados em aperfeiçoar esta tecnologia em colaboração com parceiros e em alargar a sua aplicação para combater o problema global dos resíduos têxteis. Simultaneamente, pretendemos fornecer glicose não alimentar para apoiar a transição em grande escala para uma economia de base biológica”, sublinhou.
O processo utiliza ácido clorídrico altamente concentrado para decompor o algodão em glicose, preservando o poliéster, que pode ser reciclado integralmente. Esta abordagem representa um avanço significativo na reciclagem têxtil, permitindo uma recuperação eficaz de ambas as fibras e promovendo um ciclo fechado de reaproveitamento.
O novo processo, recentemente publicado na revista Nature Communications, foi já testado na unidade-piloto da Avantium em Delfzijl, nos Países Baixos, e demonstrou elevados rendimentos de glicose a partir de resíduos de poliéster/algodão, validando a sua escalabilidade e viabilidade económica. Esta glicose pode ser utilizada em processos químicos e de fermentação para diversos produtos, incluindo monómeros para plásticos de base biológica.