Bebiana Rocha
A ferramenta de validação de sustentabilidade Higg FEM, desenvolvida pela Sustainable Apparel Coalition/ Cascale é cada vez mais pedida pelas marcas como requisito para avaliação de conformidade. Consciente da importância deste tema a ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, com o apoio da LRQA, dinamiza dia 26 de março um webinar para iniciantes.
A sessão tem início às 14h30 e será conduzida por Pedro Mamede, country manager LRQA sustainability, que fará uma apresentação do SAC / Cascale /Higg; do registo na plataforma explicando o passo a passo, abordará conceitos do self-assessement e quais são os cuidados e erros mais comuns, concluindo com um momento de perguntas e respostas.
“A LRQA é uma entidade de cobertura mundial que presta serviços de avaliação de conformidade”, apresenta Pedro Mamede ao T Jornal. Explicando de seguida a importância da plataforma. “O FEM é uma ferramenta de reporte de desempenho ambiental que permite às multimarcas usarem a plataforma e os dados de forma a reportarem o seu impacto ambiental. A lista de marcas que utiliza o Higg FEM tem vindo a aumentar, sendo atualmente perto de 200 marcas, entre elas a Puma e a Ralph Lauren”, contextualiza.
Esta crescente adesão das marcas faz com que seja solicitado aos produtores que adiram ao sistema, que, segundo explica Pedro Mamede, está dividido em duas fases: “A primeira é de self-assessement, onde as empresas partilham os seus consumos energéticos, consumos de água, utilização de produtos químicos e outros dados. Numa segunda fase é preciso uma avaliação de uma terceira parte e é aqui que entramos, os nossos verificadores confirmam se os dados indicados correspondem à realidade”, especifica.
Os tomadores de encomendas, as tinturarias e estamparias são as que estão a ser mais pressionadas pelas marcas, no entanto, os subcontratados, as empresas de corte, e até a embalagem também começam a receber solicitações para partilharem os seus dados.
“Os dados para tier um e dois são fáceis de compilar; a ferramenta foi desenvolvida para a realidade das empresas com diferentes dimensões”, esclarece Pedro Mamede, incentivando as pequenas empresas a juntarem-se à sessão.
Há ainda um terceiro nível que interessa referir: as empresas podem ter acesso a um módulo de benchmarking, que permite compararem-se por atividade em termos mundiais.
“Internamente vamos retirando dados das nossas auditorias e posso dizer que Portugal está em níveis de risco baixo em termos ambientais”, confirma o responsável. A participação é gratuita, mas sujeita a inscrição prévia.