Bebiana Rocha
A ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal está entre as 16 associações empresariais convocadas para uma ronda de reuniões com o Ministério da Economia, com vista a avaliar o impacto e as medidas de mitigação das novas tarifas anunciadas pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, às importações da União Europeia.
Os encontros decorrem entre quarta e sexta-feira, em Lisboa e no Porto, contando ainda com a participação da AICEP, do IAPMEI, da DGAE e do Banco Português de Fomento. Recorde-se que o mercado americano é o quarto principal destino das exportações têxteis portuguesas.
A Associação afirmou, na passada semana, em declarações à Agência Lusa e também à RTP, que o impacto ainda é difícil de quantificar. Primeiro, “é preciso perceber como os próprios operadores e consumidores norte-americanos, que serão diretamente afetados, irão responder, bem como qual é a posição da administração Trump face a eventuais retaliações.”
Como o setor é muito diverso e complexo, o impacto também vai variar de acordo com os níveis de dependência que as empresas apresentam e as categorias de produto que trabalham. A ATP mostra-se ao lado das empresas, esperando que a capacidade de diálogo e negociação permitam à União Europeia demover o Presidente.
“Exportar para outros mercados é difícil, não é de um momento para o outro que se consegue entrar num novo mercado. É um processo de aprendizagem, de conhecimento e de promoção que leva tempo”, conclui Ana Dinis, diretora-geral.