24 maio 24
Eleições europeias

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ATP apoia Manifesto da EURATEX

Com as eleições europeias à porta, o presidente da ATP, Mário Jorge Machado, chama a atenção dos futuros líderes da Comissão Europeia para o Manifesto da EURATEX, que entregou em Bruxelas há um par de meses. Este documento apresenta 15 recomendações da indústria têxtil e de vestuário europeia centradas em quatro pilares – estratégia industrial inteligente; metas realísticas para a sustentabilidade; comércio livre e justo; e foco no consumidor.

Em contagem decrescente para os portugueses irem a votos para as eleições europeias – cuja importância Dirk Vantyghem, diretor da EURATEX realçou ainda terça-feira última –, agendadas para o dia 9 de junho, a ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, que representa Portugal na EURATEX, a voz do sector junto da UE, recorda as 15 propostas preconizadas pelo Manifesto da associação europeia lançado no final do ano passado para promover a competitividade e a sustentabilidade da indústria têxtil e vestuário no presente e também no futuro.

Em termos de política industrial, destaca-se a necessidade de regulamentação mais inteligente para aumentar a competitividade e reduzir a burocracia. Além disso, é crucial promover a educação e emprego no setor, garantir acesso a energia sustentável a preços competitivos, investir em inovação e digitalização, e conciliar crescimento com sustentabilidade. “É fundamental que os futuros líderes da Comissão Europeia compreendam a necessidade de uma regulamentação mais eficiente, porque precisamos reduzir a burocracia que limita a nossa competitividade”, afirma o presidente da ATP.

No que diz respeito à sustentabilidade, a EURATEX defende a importância de estabelecer metas realistas e prazos de implementação para novas legislações, evitar a fragmentação do Mercado Único da UE, e garantir compromissos globais de sustentabilidade para alcançar uma concorrência justa. “A sustentabilidade não pode ser alcançada com objetivos irrealistas e prazos impossíveis. Defendemos metas que permitam uma transição justa e equilibrada”, sublinha.

No contexto do comércio internacional, a associação europeia recomenda a adoção de acordos de livre comércio equilibrados, negociações com os EUA, promoção do aprovisionamento de proximidade, fortalecimento da vigilância de mercado e aplicação de medidas de defesa comercial quando justificadas. De igual modo, realça a importância de promover produtos europeus de design e qualidade nos mercados globais e facilitar o comércio para as PME. “A indústria têxtil europeia precisa de acordos de livre comércio equilibrados que protejam os nossos interesses e promovam o aprovisionamento de proximidade”, explica Mário Jorge Machado. “É essencial fortalecer a vigilância de mercado e aplicar medidas de defesa comercial quando necessário, assegurando assim uma concorrência justa para todos”, acrescenta.

No seu Manifesto, a EURATEX sugere ainda incentivar a procura por produtos têxteis sustentáveis, evitar práticas de greenwashing, introduzir incentivos fiscais para a compra de artigos sustentáveis e implementar compras “verdes” também junto das autoridades públicas. Para garantir a eficácia dessas propostas, a associação recomenda uma abordagem mais coerente e colaborativa no processo de tomada de decisão da UE.

“Para que estas propostas sejam eficazes, é necessário um processo de tomada de decisão mais coerente e colaborativo na UE. Só assim conseguiremos fomentar a competitividade e a sustentabilidade da nossa indústria de forma perene”, garante o presidente da ATP. “Apelamos aos futuros líderes da Comissão Europeia que considerem seriamente as 15 recomendações do Manifesto da EURATEX. Estas propostas não só fortalecem a indústria têxtil e de vestuário, mas também promovem um desenvolvimento económico sustentável e inclusivo para toda a Europa”, conclui.

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