02 janeiro 23
Indústria

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ATP alerta para perigos de recessão em 2023

Apesar da indústria têxtil e do vestuário ter fechado 2022 com um volume de exportações recorde, próximo dos seis mil milhões de euros, o presidente da ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal previne para uma forte recessão nas encomendas neste novo ano e diz que os empresários “trabalham na incerteza”.

Mário Jorge Machado afirma que “os empresários estão a antecipar uma forte diminuição da procura e um 2023 difícil”. Em declarações ao jornal Eco, adianta que “já se notou uma diminuição nas compras à indústria nesta segunda parte do ano, que costumam ser meses fortes para a exportação”, lembrando que parte dessa retração deve-se às consequências da guerra na Ucrânia e da recessão que se espera na Europa.

A Rússia era um destino importante para muitas marcas internacionais e é, neste momento, um mercado praticamente fechado. Mário Jorge Machado recorda que, no último inquérito realizado pela ATP, depois das férias, o índice de confiança já estava em forte queda: 60% das empesas tinha a carteira de encomendas em queda; 80% antecipava uma redução das margens de lucro. No que toca às expectativas para o novo ano, também 80% antecipou uma redução das margens de lucro.

O presidente da associação que representa toda a fileira têxtil conclui, por isso, que esta são tempos em que as empresas trabalham “na incerteza e instabilidade”.

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