António José Seguro destaca inovação e resiliência do setor têxtil

A direção da ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal recebeu esta manhã, na sua sede em Vila Nova de Famalicão, o candidato à Presidência da República, António José Seguro. Durante a reunião, abordaram-se três temas fundamentais: 1. aumento do valor acrescentado, 2. simplificação dos processos administrativos e 3. políticas de compras públicas que valorizem mais do que o custo aparente inicial.

No que diz respeito ao aumento do valor acrescentado, a conversa centrou-se na área da defesa, que apresenta potencial para gerar projetos de inovação e novos produtos de maior valor, em colaboração com os centros tecnológicos; o CITEVE apresentou o panorama de oportunidades nesta área.

A aceleração dos processos administrativos surge como outra forma de gerar valor para a indústria, abrangendo apoios à internacionalização, inovação, sustentabilidade e digitalização de processos. Durante a reunião, sugeriu-se a otimização de programas de incentivo ao investimento, de utilização simplificada e célere, permitindo à indústria encontrar a estabilidade necessária para enfrentar a instabilidade global.

À saída, António José Seguro dirigiu-se aos jornalistas, destacando a importância da tecnologia aplicada ao setor têxtil e o potencial do setor na área da defesa, seja para coletes balísticos, capacetes ou sensores. “Há uma paleta de soluções que podem e devem ser colocadas ao serviço das empresas”, afirmou, sublinhando que “as empresas trazem valor e crescimento económico para o país”, geram riqueza, o que permite “remunerar melhor as pessoas” que nelas trabalham.

O candidato reforçou ainda que, num mercado tão competitivo, as empresas não têm tempo a perder, e que o financiamento de projetos como os apresentados é essencial. Acrescentou uma nota sobre a importância do acordo UE-Mercosul, lembrando que, após oito meses de pausa, só agora se começam a dar passos concretos para a sua conclusão, sobretudo numa altura em que os EUA aumentam as tarifas. “O Estado tem de apoiar os empresários, a própria Europa”, concluiu, elogiando a resiliência da fileira e mostrando-se comprometido em encontrar formas de criar mais riqueza e permitir que as empresas exportem mais.