07 Julho 2017
Retoma

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Angola volta à produção de algodão

É ainda uma quantidade simbólica, mas nas próximas semanas deverão ser colhidas em Angola cerca de 242 toneladas de algodão, na província de Malanje. Um princípio, depois do plano de relançamento da indústria têxtil criado pelo governo e envolvendo um investimento superior a mil milhões de dólares.

Para a próxima campanha, as autoridades angolanas apontam para a colheita de 1.500 toneladas, abrangendo já produção da província de Cuanza Sul, segundo anunciou a agência Angop, citando o coordenador do programa de produção de algodão do Ministério da Agricultura, Carlos Canza.

O programa prevê o envolvimento de 120 mil camponeses e a cobertura de 120 mil hectares, começando pelas províncias de Malanje e Cuanza Sul, estendendo-se depois a Benguela, Bengo e Cuanza Norte.

Segundo a agência noticiosa de Luanda, o plano envolve também uma empresa japonesa que quer implantar no pólo agro-industrial de Capanda, na província de Malanje, um moderno sistema de cultivo com perspectivas de retirar cinco toneladas de algodão por hectare. Os nipónicos esperam colher anualmente cinquenta mil toneladas de algodão caroço.

O programa do governo prevê também a instalação de 11 fábricas de descaroçamento e prensagem de algodão nas províncias de Malanje, Cuanza Norte, Cuanza Sul, Benguela e Bengo.

Angola produziu em 1973 cerca de 86 mil toneladas de algodão-caroço, sendo considerado um dos maiores produtores mundiais de algodão. Em 1990 (último ano em que há estatísticas fiáveis disponíveis) produziu cerca de três mil toneladas de algodão.

A par da retoma da produção de algodão, o plano inclui também a reabilitação e modernização das três fábricas têxteis: Textang II, em Luanda, Satec, no Cuanza Norte, e África Têxtil, em Benguela.

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