02 junho 20
eCommerce

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AICEP apoia empresas com Programa Exportar Online

A AICEP lançou hoje o Programa Exportar Online, através do qual pretende colocar as empresas exportadoras portuguesas em linha com a cada vez mais importante tendência global de utilização do e-commerce como ferramenta da internacionalização. O têxtil é um dos setores que está na linha da frente. “O e-commerce está em rápido crescimento a nível mundial, e as tendências apontam para que em 2040 cerca de 95% das compras sejam feitas através do comércio eletrónico”, refere a agência.

Segundo o organismo liderado por Luís Castro Henriques (foto), o programa Exportar Online é um instrumento de apoio direto às empresas portuguesas que pretendem apostar na internacionalização digital. Inclui produtos e serviços de informação, capacitação, consultoria, seleção de marketplaces, e incentivos específicos” que cobrirão todos os aspetos identificados como relevantes pela agência governamental.

Dedicado a apoiar as empresas portuguesas na exportação via eCommerce, o Acelerador das Exportações Online consiste numa oferta integrada de produtos e serviços de informação, formação e consultoria em comércio eletrónico internacional e na recomendação, com recurso a Inteligência Artificial, de mercados digitais às empresas portuguesas.

A AICEP identificou 13 aspetos fundamentais que as empresas portuguesas devem ter em consideração quando querem iniciar ou intensificar as suas exportações via comércio eletrónico, e que aumentam as possibilidades de sucesso. Desde logo, decidir qual o melhor método para vender online (loja própria, marketplace, redes sociais ou uma combinação destas opções), uma vez que exigem níveis de investimento diversos, margens de negócio distintas, maior ou menor dependência de terceiros, entre outras diferenças.

Selecionar a melhor tecnologia para gerir as encomendas; optar por um sistema de logística ágil, eficaz e competitivo de modo a que o cliente possa receber rapidamente as suas encomendas; apostar num serviço de apoio de excelência; e integrar a estratégia online com o negócio offline, se este existir, para evitar conflitos entre modelos de negócio, são alguns dos aspetos estratégicos que importa tomar em consideração.

Definir o perfil do cliente, escolher a forma de apresentar os produtos, detalhar as suas características e prever um eventual aumento da produção devem fazer parte do ‘caderno de encargos. A que se juntam a mobilização de uma equipa especializada em vendas via e-commerce, assegurar que existem competências de marketing digital, meios de pagamento adequados e finalmente o conhecimento detalhado dos aspetos legais e fiscais associados ao mercado de destino.

Num cenário em que os contactos presenciais vão continuar a ser na medida do possível evitáveis, o e-commerce – tanto as vendas efetuadas a outras empresas (B2B) como ao consumidor final (B2C) – pode realizar-se por duas vias: através de site da empresa (loja própria), com controlo total do processo, maior flexibilidade das margens de negócio, mas com maior investimento; ou com a presença em plataformas de venda online com outros vendedores (marketplaces), com menor risco e menor investimento, mas com maior dependência de terceiros e margens mais reduzidas. As redes sociais são outra vertente – que podem ser usadas de forma autónoma ou como apoio.

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