21 março 25
Economia

Bebiana Rocha

AICEP acumula dívida em apoios à internacionalização

Várias empresas do sector têxtil e vestuário têm manifestado a sua preocupação com o atraso na receção dos apoios à internacionalização previstos no Portugal 2030. O Jornal Vida Económica lançou recentemente uma notícia onde compara detalhadamente as taxas de execução durante os dois primeiros anos do Portugal 2020 e o Portugal 2030.

“O Portugal 2030 está a ter um pior desempenho do que o Portugal 2020. No Compete, a diferença de execução é abismal: 69% no anterior e 0,7% no atual”, avança a publicação. Se nos primeiros dois anos de execução do Compete 200 foram pagos incentivos no valor de 162 milhões de euros (taxa de pagamento de 4,1%), até fevereiro de 2025 o Compete 2030 ainda só tinha pago cerca de 33 milhões, de um total de 7879 milhões.

“A entidade gestora justifica o atraso de execução com o arranque tardio do programa, a prioridade dada ao PRR e a decisão comunitária de não incluir as grandes empresas nos apoios elegíveis”, lê-se. Denuncia também uma divida superior a 100 milhões de euros por parte do AICEP em apoios à internacionalização, que estão a impactar diretamente as empresas.

“A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal acumula uma dívida superior a 100 milhões de euros em apoios à internacionalização. Este montante refere-se a projetos conjuntos de internacionalização, nos quais a AICEP ainda não liquidou os valores devidos a associações e empresas que participaram em feiras no estrangeiros ou outras ações”, específica.

A ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal expressou publicamente a sua preocupação face a estes atrasos nos pagamentos, salientando a incerteza que paira sobre o sector, completando que tem procurado esclarecimentos junto de diversas entidades, mas sem sucesso.

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