Bebiana Rocha
A AEP- Associação Empresarial de Portugal produziu um estudo sobre Dinâmicas socioeconómicas, onde analisa diversos contextos da conjuntura nacional na tentativa de a partir daí estabelecer uma relação entre demografia e economia.
“Esta publicação é um símbolo da determinação da AEP na contínua defesa de um modelo económico robusto, sustentado e sustentável para Portugal, tendo como foco as pessoas – o principal ativo de qualquer organização”, diz Luís Miguel Ribeiro, presidente, na nota introdutória.
O objetivo é no fundo oferecer uma visão da evolução demográfica do país tratando temas como população residente, indicadores demográficos, mercado de trabalho, qualificação, produtividade de trabalho, remuneração, carga fiscal e condições de vida.
Dos pontos descritos sobressai: o envelhecimento populacional, que está a contribuir para a falta de mão de obra, a dificuldade em integrar os mais jovens no mercado de trabalho e a necessidade de ajustar as competências às novas exigências do mercado, bem como a urgência de se reduzir a elevada tributação sobre o trabalho.
O equilíbrio da balança tem conseguido ser feito à base do sacrifício das empresas e muito apoiado na imigração. “No imediato, suprir o grave constrangimento da falta de mão de obra, mais ou menos qualificada, passa obrigatoriamente pelos fluxos migratórios”, afirma Luís Miguel Ribeiro.
O documento aponta no final propostas para assegurar a atividade das empresas e viabilidade da segurança social: logo à cabeça está a redução da carga fiscal sobre o trabalho, criação de incentivos à natalidade, implementação de medidas para reter os jovens, atrair e promover a criação de empresas inovadoras com vista à criação de empregos mais qualificados.