Bebiana Rocha
A Adolfo Domínguez fechou as contas de 2024 com um volume de negócios de 153 milhões de dólares, o melhor resultado da década. As vendas anuais registaram um aumento de 7,8% em 2024, apesar do aumento dos custos com a cadeia de fornecimento.
“Terminamos o ano com uma procura crescente pelas nossas coleções, apesar do contexto geopolítico complexo”, diz a marca em comunicado, ligando o aumento dos custos com a supply chain ao impacto na rentabilidade.
A Europa foi o mercado onde a marca espanhola mais cresceu. Espanha e Portugal são os principais compradores da Adolfo Domínguez, em território nacional as vendas cresceram 24% no último ano fiscal.
Durante o ano passado foram ainda inauguradas 25 novas lojas no velho continente. Também o México e o Japão apresentaram crescimentos, de 9,5% e 2,4%, respetivamente. Quanto às vendas online, também evoluíram positivamente, mais 25,4%.
A Adolfo Domínguez passou estes meses de abril e maio por transformações na sua estrutura administrativa. Antonio Puente, que ocupava o cargo de CEO, foi demitido após três anos no cargo. Adriana Domínguez acumula agora essa função à de já presidente executiva da empresa. O objetivo com esta mudança é “iniciar uma nova fase para impulsionar as operações”. Nesse sentido, fez já uma contratação que promete: Íñigo de Llano, com currículo na Inditex.
Nas conquistas recentes da marca está a integração na comunidade B Corp. Passa a ser a primeira marca de moda têxtil espanhola a obter a certificação B Corp, que atesta o seu compromisso com os mais elevados padrões de desempenho social e ambiental, transparência e responsabilidade social.
A administração encara este reconhecimento com grande responsabilidade e diz que levará a marca a continuar a focar-se não só no que faz, mas em como faz. Recorde-se que parte da produção é feita em Portugal.