Hoje é importante fixar este nome: Aboim! Não, não é o nome do restaurante das nossas Cantinas de hoje, mas é como se chama a freguesia do concelho de Amarante onde ele fica.

Tudo isto porque muitos dos seus clientes habituais, em vez de dizerem que vão aos Filhos de Moura, assim se chama o restaurante, dizem apenas, vamos a Aboim. Imagino que nesta freguesia amarantina existam outros restaurantes, mas nenhum se há-de confundir tanto com ela como estes Filhos de Moura.

Ir a Aboim (ou para os novatos, ir ao Filhos de Moura) é estar com muita vontade de matar saudades do excelente leitão bísaro que lá se serve, quase em exclusivo. Não confundir com leitão bizarro, como um dia um amigo meu lhe chamou por engano com muita graça. E quase em exclusivo, porque apesar de lá terem também (mas a contragosto…) bacalhau com broa, filetes de pescada ou o tradicional bife de vaca, devo confessar que não só nunca lá fui comer outra coisa que não o leitão, como nunca lá vi também ninguém a comer outro prato.

No que toca aos acompanhantes líquidos, pertenço ao grupo dos que acham que leitão pede espumante (ou até champanhe…) mas vale a pena pedir o vinho verde da casa , produzido em terrenos da família Moura, para nos matar a sede durante as entradas e até chegar o reco.

Se na ementa as escolhas não são fartas, já o portefólio de estórias engraçadas e anedotas do principal filho de Moura pede meças a qualquer um. Vale a pena ir lá almoçar um pouco mais tarde para, chegada a altura do café, podermos desfrutar do nosso contador de estórias mais folgado para nos brindar com a sua graça e as suas graçolas.

Até por causa deste ‘extra’, sugiro uma ida ao sábado, mas com o devido cuidado de fazer bem antes a competente e necessária reserva de mesa. Já agora, se o tempo deixar, na esplanada.