Fernando Medina
Algumas travessuras ao estilo das histórias de bruxas maléficas e filmes de terror
Fernando Medina em versão Freddy Krueger
T76 - Outubro 22
Acabamentos

Katty Xiomara

Sempre à espera dos doces do Halloween, os portugueses vêem antes travessuras nas propostas do Ministro da Finanças. É a versão Freddy Krueger, o personagem cinematográfico assustador em que Katty faz desta vez encarnar o homem que nos governa as Finança. Um estilo elegante que vai bem com Fernando Medina, que em vez dos doces anunciados parece destinar-nos antes algumas travessuras ao estilo das histórias de bruxas maléficas e filmes de terror.

Neste mês do terror e para a noite de bruxas, quisemos oferecer ao leitor um dos vilões mais assustadores da história do cinema, criado pelo mestre deste género cinematográfico, Wes Cravem. O afamado Freddy Krueger, personagem que na nossa versão é encarnado por Fernando Medina.

A escolha é perfeita, dadas as circunstâncias. Quem mais, do que o ministro que controla as nossas finanças para encarar esta personagem que invade os nossos sonhos. Transpõe-se o medo do subconsciente para a realidade e, neste caso, uma realidade que todos conhecem.

Vestimos Medina para o “halloween” e para o tradicional “trick-or-treat“ – doces ou travessuras -, mas embora os portugueses preferissem receber doces parece que apenas lhes estão destinadas travessuras e, em alguns casos, bem impiedosas.

Entre o aumento significativo de radares nas estradas portuguesas e a tributação das criptomoedas o Orçamento de Estado para 2023 prevê arrecadar mais alguns euritos para os cofres do Estado, mas também diz oferecer algumas compensações a quem vê a inflação reduzir os seus euritos mensais. Bem, teremos de esperar para ver…

O OE parece ter sido construído numa base otimista que infelizmente contrasta com a realidade diária dos portugueses e com o cenário económico internacional. A estratégia do ministro parece passar pela psicologia positiva, numa vertente coletiva, concentrando o positivismo de todos os portugueses por forma a fazer render os euritos que se dissipam. 

Contudo, os nossos subconscientes não parecem contribuir e, aquilo que cisma em materializar-se, é um pesadelo constante que nos persegue no supermercado, no banco, em casa e nas filas para abastecer o carro quando há uma ameaça de novo aumento. Sim, o que se materializa é uma espécie de “Pesadelo em Elm street” de produção nacional.

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