Duas vitelas a ver o Paiva
T64 - Julho/Agosto
Cantinas do Serrão

Manuel Serrão

Se é verdade que Cinfães não é um concelho têxtil, ir ao Carvalha é um bom conselho que eu posso dar às empresas têxteis, especialmente às que medram nos concelhos limítrofes.

A Cantina de hoje assenta arraiais em Cinfães e o leitor mais distraído pode desde já perguntar com toda a razão: o que é que Cinfães tem a ver com a indústria têxtil e vestuário? Como meu cliente, o meu estimado leitor tem sempre razão! Mas permita-me por favor uma explicação.


Antes de assentar arraiais eu no restaurante A Carvalha, pode ser verdade que nunca tinha estado em Cinfães. Mas posso desde já garantir que é seguro que voltarei a calcorrear caminhos de Cinfães, nem que seja só por causa deste Carvalha.


Aviso já que a partir do Porto, chegar à Carvalha não é canja. Devo dizer que tudo ficou mais fácil porque o meu cicerone foi o meu amigo Paulo Teixeira, ex-Presidente da Câmara de Castelo de Paiva, para já não falar da ajuda do meu cunhado António Branco que tem fundas raízes nesse território, como agora se diz.

Mas se o ponto de partida for de alguma boa empresa têxtil ou de alguma confecção de Penafiel ou do Marco de Canaveses (e eu conheço tantas!) a tarefa fica muito simplificada. Como já devem ter percebido é esta a explicação que esperavam e eu prometi dar. Se é verdade que Cinfães não é um concelho têxtil, ir ao Carvalha é um bom conselho que eu posso dar às empresas têxteis, especialmente às que medram nos concelhos limítrofes.

A não perder na Carvalha de Cinfães
Está “proibido” de perder o arroz de aba de vitela e o pão de ló caseiro


Acabada esta espécie de justificação GPS, tenho mais três dicas imperdíveis. Para quem se aventurar a seguir o meu estímulo para ir ao Carvalha de Cinfães, para além da vista inolvidável sobre o rio Paiva também está “proibido” de perder o arroz de aba de vitela, a vitela assada com arroz de forno e o pão de ló caseiro feito pelo irmão da Amelinha.


Em relação ao arroz é simples concluir que foi o melhor que comi até hoje… porque na verdade nunca tinha experimentado um arroz de aba de vitela . Mas a vitela estava igualmente poderosa e a fazer-me lembrar outras paragens em que só o cotejo com o arroz de forno pede meças.


O pão de ló vale por ser de lá mas pode ser comparado com outros do mesmo estilo, molhados como eu gosto e pequenos como se pretende para a função prevista.


A conta é outra boa surpresa e quando eu não me canso de repetir que não gosto se surpresas, claro que não é destas que estou falar.

RESTAURANTE
A Carvalha

N225, Tavanca 

4690-798 Cinfães

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