Luís Campos Ferreira

ROUPA QUE AQUECE

O inverno castigava. O dia escurecia no final da merenda, e logo ficava como breu. Noites longas, dias curtos. Chovia a cântaros, trovejava e por vezes o vento assobiava músicas que os mais fortes ramos das tílias, que se impunham em redor do meu colégio, dançavam com alvoroço. O frio cortava. Magoava. Valiam-nos as lareiras, os aquecedores a gás, a resistência e o ter que ser. Valia-nos o amor de mãe. As suas mãos, a sua paciência e a sua maestria!
LER MAIS