26 fevereiro 19
Indústria

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Têxtil cria mais emprego e valor acrescentado

A indústria têxtil nacional é um exemplo na criação de emprego, na eficiência e nas exportações com maior valor acrescentado. Esta é a conclusão de uma análise do Gabinete de Estratégia e Estudos (GEE) do Ministério da Economia, que vem reafirmar o peso incontornável da ITV para a balança comercial portuguesa.

“O sector é mais relevante na economia portuguesa do que em qualquer outro país da zona euro em termos de output, emprego e valor acrescentado, e está a recuperar relevância desde 2009”, pode ler-se no estudo assinado por Tiago Domingues, técnico superior do GEE, citado na edição desta semana do Expresso.

Para sustentar esta conclusão são salientados os grandes valores de crescimento que o sector tem registado ao longo dos últimos anos, quer em termos de exportações – que em 2018 atingiram o valor recorde de 5.314 milhões de euros – como em temos de emprego, já que entre 2013 e 2017 foram criados pela fileira têxtil mais de 12 mil postos de trabalho.

Mas para além do volume de exportações, o estudo destaca especialmente a capacidade da indústria têxtil em produzir maior valor acrescentado para a economia nacional. “Se Portugal exporta produtos petrolíferos, o valor acrescentado bruto é quase nulo e prende-se com a refinação de crude. Já nos têxteis, temos 30 cêntimos de importações para cada euro produzido”.

Numa análise feita em conjunto com a indústria do calçado, o Ministério da Economia salienta assim o potencial dos dois sectores na criação de emprego: “Cada milhão de dólares de crescimento na procura final de têxteis, couro e calçado tem potencial para gerar 20,3 novos empregos, o que é o valor mais alto da indústria transformadora portuguesa”

Por último, é reafirmado o peso das duas indústrias nos vários indicadores económicos. Em termos de valor acrescentado representam 2,4%, um valor muito acima de outros países da zona euro, como Espanha (0,6%) ou Alemanha (0,28). No emprego, a diferença é ainda maior, com 4,9% em Portugal, a 0,9% em Espanha e 0,3% na Alemanha.

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