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Perceber as tendências de consumo será vital para a retoma das exportações e a sustentabilidade e responsabilidade vão estar na linha da frente. O alerta é do presidente do AICEP, Luís Castro Henriques, que destaca o que vem sendo feito com muita investigação e desenvolvimento na Têxtil e Vestuário.
É numa longa entrevista que ocupa as páginas centrais da edição de fim de semana do Dinheiro Vivo que Castro Henriques aponta para a decisiva importância de os exportadores perceberem as tendências de consumo no período pós-pandemia. E chama particular atenção para aquilo a que chama as macrotendências de consumo.
“Algumas aceleraram, incluindo o e-commerce. Por outro lado a sustentabilidade é uma preocupação crescente nos nossos mercados compradores e dar mostras de que o produto tem o mínimo de impacto do planeta é uma tendência e toda a nossa indústria vai ter de ter isso em conta”, coisa que, destacou, “já se fazia até com muita investigação de desenvolvimento, por exemplo no têxtil, vestuário e calçado”.
Quanto à retoma, acredita que a retoma será rápida, não só porque as nossas empresas são competitivas mas também pela boa imagem internacional do produto português, fundamentalmente junto dos compradores profissionais. “Dizem que são bons produtos; alguns que são bons e inovadores e outros já acrescentam que o design tem uma abordagem diferente”, explica, apoiando-se num estudo efetuado junto de mais de 20 mil decisores de 73 países.
Por outro lado, no que respeita ao Têxtil, o líder da AICEP mostra-se preocupado com o impacto da pandemia nas exportações de vestuário. “Sim, no vestuário estamos muito preocupados, porque houve uma redução de mais de mais de 500 milhões e essas empresas têm ainda muitos produtos para escoar”, disse avançando com a ideia de apoiar. “É um sector a que estamos muito dedicados. Também houve perdas de mais de 300 milhões no calçado e temos de ver como ajudar”, concluiu Castro Henriques.